O mercado de soja mantém as atenções centralizadas na guerra comercial entre Estados Unidos e China. Paralelamente, os players analisam sinais de demanda chinesa pela soja norte-americana e avaliam o plantio e o clima para o desenvolvimento inicial da nova safra brasileira.
Acompanhe abaixo os fatos que deverão merecer a atenção do mercado de soja na próxima semana. As dicas são do analista de Safras & Mercado Luiz Fernando Roque.
- Os aparentes retrocessos recentes nas negociações comerciais entre os governos dos EUA e da China, com ambos os lados subindo o tom sobre alguns pontos de divergência, diminuiu o otimismo do mercado com relação ao início do processo que poderá levar à assinatura do acordo;
- De acordo com a avaliação da Safras & Mercado, os players entendem agora que dificilmente o acordo parcial será assinado ainda em 2019. Nem mesmo o convite recente feito pelo governo chinês para a retomada das negociações presenciais com governo norte-americano melhorou o humor do mercado;
- O momento é de renovação das incertezas e de pessimismo, mesmo que o mercado entenda que o acordo nunca esteve tão perto de ser assinado. A dúvida é quando isso poderia efetivamente ocorrer;
- Vale lembrar que a próxima rodada de tarifas norte-americanas sobre produtos chineses ainda está marcada para o dia 15 de dezembro;
- Embora a China continue comprando soja dos EUA, os volumes das últimas semanas são pouco relevantes perto do que se esperava. A baixa demanda chinesa pela soja norte-americana continua como fator limitante para Chicago;
- Os chineses continuam demandando soja brasileira em grandes volumes. Frente a isso, os prêmios de exportação continuam fortes no Brasil, ajudando a sustentar os preços internos;
- Com a virtual finalização da colheita nos EUA, o mercado começa a olhar com mais atenção para a safra brasileira. Embora os trabalhos de plantio continuem atrasados de forma geral no Brasil, o retorno da umidade à praticamente todos.