O possível acordo parcial entre China e Estados Unidos é o centro das atenções no mercado internacional de soja, segundo a consultoria Safras, já que os asiáticos se comprometeram a retomar a compra de produtos agrícolas americanos.
Além disso, investidores estão de olho na previsão do tempo para o cinturão produtor dos EUA e em sinais de demanda pela soja norte-americana. O clima para o plantio no Brasil fecha o quadro de fatores de atenção.
Entenda abaixo os pontos levantados pelo analista Luiz Fernando Roque.
- Após a recente rodada positiva de negociações entre EUA e China, o mercado espera agora pela confirmação de que o acordo parcial será assinado nas próximas semanas;
. - A tendência é que a assinatura seja feita no encontro entre os presidentes Donald Trump e Xi Jinping, marcado para acontecer no Chile, durante o Fórum da Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (Apec), de 11 a 17 de novembro;
. - Até lá, as negociações devem continuar nos bastidores e novidades, tanto positivas quanto negativas, podem ser anunciadas;
. - A China reiterou que está comprometida em elevar suas compras de produtos agrícolas norte-americanos na “primeira fase” do acordo. Resta saber se esta primeira fase terá início apenas após a assinatura do acordo, mas tudo indica que sim;
. - Tal fato não impede que novas compras chinesas de soja dos EUA sejam anunciadas nos próximos dias, o que pode trazer fôlego novo para o mercado;
. - O clima nos Estados Unidos continua como fator de suporte no lado da oferta. Os trabalhos de colheita da nova safra norte-americana permanecem atrasados devido à umidade, e as lavouras continuam em risco;
. - Se o clima não melhorar, a safra norte-americana pode ser ainda menor do que o previsto;
. - No Brasil, a chegada de uma umidade regular a todo o país começa a melhorar a situação dos solos e deve incentivar os trabalhos de plantio, que começaram atrasados;
. - A safra brasileira ainda mantém seu potencial recorde.