Neste mês, a soja ficou 5,09% mais cara, enquanto o milho subiu 8,50% e os bovinos avançaram 4,71%. Assim, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que representa o atacado, acelerou de 0,03% para 0,93% na leitura divulgada hoje. Dessa diferença de 0,90 ponto porcentual, as matérias-primas brutas agropecuárias responderam por 0,43 ponto porcentual. Ao todo, o IGP-M subiu 0,72% na segunda prévia de novembro.
– É o mesmo fenômeno (de estiagem). Mas acho que isso vai terminar em dezembro, porque teve origem na seca de outubro. A informação que tenho é de que houve aceleração, mas mais recentemente já atenuou. É uma questão de tempo, mas talvez esse tempo exija mais do que o mês de novembro – acrescentou.
Segundo o superintendente, os números da segunda semana de novembro, ainda que não estejam fechados, já indicam que soja, milho e bovinos atingiram um patamar determinado de preços e agora caminham para a estabilização.
– A não ser que haja outro choque climático, os preços devem se estabilizar – afirmou.
Entre os alimentos in natura, a batata teve um aumento “astronômico” neste mês, segundo Quadros. O avanço foi de 70,32% no atacado. Ovos e mamão também pressionaram.
– Em compensação, tomate, banana e outras frutas estão com comportamento mais favorável – citou Quadros.
De acordo com ele, os produtos in natura ainda devem perder força até o fim do ano, num último alívio até chegar a estação mais complicada, com altas temperaturas e grande volume de chuvas. A inflação do varejo, contudo, deve ficar um pouco mais pressionada até dezembro.
– Esses aumentos (nas matérias-primas agropecuárias) ainda não foram repassados ao varejo – disse.