O consultor André Pessoa garante que o clima chuvoso do segundo semestre deste ano junto à quebra de safra nos Estados Unidos permitiu boas exportações do milho safrinha.
– A exportação vai seguir firme, isso vai manter o patamar de preços. Há uma perspectiva de redução de milho no segundo trimestre, mesmo assim, muito pequena – afirmou.
O preço do grão na safra 2012/2013 deve ficar em US$ 7,00 o bushel no mercado internacional – o bushel corresponde a pouco mais de vinte e cinco quilos.
A previsão deixa em alerta a cadeia produtiva da carne, principalmente os setores de aves e suínos.
– Pela primeira vez em uma década, a produção de aves deve cair. Nós vimos uma redução nos abates de suínos e isso fez com que os preços subissem muito neste final de ano. O que a gente enxerga para o próximo ano é que os preços da proteína animal vão se sustentar em patamares altos para aves e suínos. Enquanto os grãos estiverem altos, nós vamos ter proteína animal cara – avaliou Alexandre Mendonça, da MB Agro.
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Com relação à carne bovina, a queda do número de animais nos Estados Unidos pode beneficiar o Brasil.
– O rebanho americano é menor desde 1950. No ano que vem, a oferta de bezerros será menor. Será um ano de proteína animal cara, de ração cara. No Brasil, vai ser um pouco melhor do que no ano passado, onde tivemos uma restrição muito grande na oferta de soja – disse Mendonça.
Para a citricultura, o cenário não é satisfatório. Durante todo o ano, o setor foi motivo de preocupação, e a expectativa é de que o cenário em 2013 não seja tão diferente.
– As perspectivas para o ano que vem não são boas porque o consumo continua caindo. Se vier safra grande, vai ter laranja na praça. Não vamos poder comprar toda a laranja, o que estamos tentando fazer há mais de dois anos – disse o presidente da Associação Nacional dos Exportadores de Sucos Cítricos (CitrusBR).
Para o presidente do Conselho Superior do Agronegócio da Fiesp, João Sampaio, as perspectivas são boas para soja, milho e carnes de maneira geral. O próximo ano deve ser delicado para o café e a citricultura. Para o açúcar e o etanol, os lideres esperam que o governo adote medidas como o aumento da adição do etanol na gasolina.
