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Notícias - Soja Brasil

Soja no RS: algumas cidades têm produtividade de apenas 16 sacas por hectare

Colheita da soja chega a 84% no estado. Seca faz pedidos de vistoria de Proagro chegarem a quase 9 mil no estado

Soja: produtor de MT já prevê perda de 20 sacas por hectare com seca
Soja seca por falta de chuvas. Foto: Pedro Silvestre/Canal Rural

Nesta semana a colheita da soja atingiu um total de 84% da área no Rio Grande do Sul, segundo levantamento da Emater-RS. Da semana passada para esta, houve uma forte aceleração na colheita de 11 pontos percentuais. Na comparação com o ano passado (77%), os trabalhos atuais também se apresentam mais rápidos. A média para o período é de 75%.

Segundo a Emater, conforme a colheita vai chegando ao final ficam ainda mais claras as perdas por conta da estiagem prolongada.

“As vistorias do Proagro evidenciam áreas com plantas mortas devido à falta de umidade e às temperaturas altas e lavouras apresentando grãos pequenos e chochos. Na cultura da soja, até 15 de abril, foram realizadas 8.900 vistorias por técnicos da Emater/RS, 280 nos últimos sete dias”, afirma.

Ijuí

A colheita avançou durante a semana e se aproxima do final (98%). As lavouras colhidas, afetadas pela estiagem, apresentaram baixa produtividade, aumento da incidência de grãos esverdeados, malformados e de tamanho reduzido, além de baixa umidade do produto colhido.

“Há preocupação com a reserva de sementes nos estabelecimentos, pois o produto está com qualidade aquém dos padrões; assim, os produtores optaram por não armazenar e adquirir semente na próxima safra. Na região, tem sido realizada substancial comercialização da produção da safra e de estoques de anos anteriores, dando preferência para o faturamento do produto depositado em cerealistas e à conservação de estoques nas cooperativas”, diz a Emater.

Santa Rosa

Por lá, 5% das áreas estão em enchimento de grãos, 3% em maturação e 92% colhido. A produtividade prevista era de 3.276 quilos por hectare e, atualmente, chega a 1.925 quilos por hectare, com perda média de 41%.

“As áreas de safrinha foram comprometidas pelo estresse hídrico, com plantas apresentando baixa estatura e redução do potencial produtivo. O baixo volume de chuvas ocorridas na semana favoreceu a fase de enchimento dos grãos.”

Santa Maria

A colheita já alcança 75% das áreas. Em Tupanciretã, com a maior área de soja plantada no Estado, já foram colhidos 94%, com produtividade média de 1.650 quilos por hectare. As perdas de rendimento na região atingiram a média de 56%.

Bagé

Por lá, 4% das lavouras encontram-se em enchimento de grãos, 38% em maturação fisiológica e 58% foram colhidas. Os rendimentos são variáveis e acompanham o mapa das precipitações da região, sendo menores na região da Campanha e maiores na Fronteira Oeste, onde houve maior frequência de chuvas.

“O rendimento médio é de 1.300 quilos por hectare e reflete perdas de 50% em relação ao esperado; tende a diminuir nas lavouras tardias, pois mesmo as precipitações ocorridas na semana não impediram a antecipação do final de ciclo da cultura, com vagens sem enchimento completo dos grãos e grãos esverdeados de tamanho e peso fora do padrão.”

Soledade

O predomínio do tempo seco favorece os trabalhos de colheita que já chega a 88%. Nas regiões do Alto da Serra do Botucaraí e Centro-Serra, alguns municípios estão finalizando a colheita; já na região do Vale do Rio Pardo, as lavouras estão mais atrasadas. A média de produtividade está em 1.680 quilos por hectare. Devido à estiagem, as lavouras aceleraram o ciclo, resultando em grãos com menor tamanho, peso reduzido e aspecto esverdeado.

Frederico Westphalen

A colheita avança e chega a 90%. Das demais lavouras, 3% delas estão em enchimento de grãos e 7% em maturação. O retorno das precipitações nos últimos dias freou as perdas na cultura, que já atingem 26% na região. A produtividade média tem se mantido em 2.420 quilos por hectare. Os grãos apresentam tamanho e peso menores, desuniformes na maturação. Na região da

Erechim

Por lá, 95% da cultura foi colhida e 5% das áreas estão em maturação. A produtividade média tem se mantido em 2.560 quilos por hectare, com perdas de 33,5% em relação à produtividade inicial esperada.

Passo Fundo

A colheita segue em ritmo acelerado e chega a 90% das áreas; o restante se encontra em maturação. A falta de chuvas prejudica o desenvolvimento da cultura, que apresenta perdas. O rendimento médio é de 1.350 quilos por hectare.

Pelotas

As precipitações ocorridas foram de baixos volumes e não atingiram a maioria dos municípios que estão com as áreas predominantemente no estágio de maturação (53%). A colheita já alcança 29% das áreas.

“As produtividades de referência estão entre 700 e 1.620 quilos por hectare. Nas áreas com cultivares precoces, o rendimento chegou a até 2.100 quilos por hectare. À medida que avança a colheita, as produtividades deverão ser inferiores a mil quilos por hectare devido aos efeitos da falta de água terem influenciado negativamente as cultivares de ciclo normal e as tardias. Na região, as perdas são de 50% da produção”, diz a Emater.

Prejuízos certos

A colheita da safra no Rio Grande do Sul ainda não foi concluída, mas os prejuízos vão aparecendo a cada semana. Em seu último levantamento a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) apontava que o estado deveria produzir apenas 13,3 milhões de toneladas, 30% a menos que em 2018/2019. Esta, aliás, foi a terceira revisão para baixo da entidade para o estado.

Já a Aprosoja Brasil prevê que o estado não conseguirá colher mais do que 10 milhões de toneladas nessa safra, com isso a quebra seria de 46%, se comparada aos 19,1 milhões de toneladas da safra passada. Em valores, isso significa perdas de mais de R$ 12 bilhões ao estado, confirmou o diretor da Aprosoja-RS, Luís Fernando Fucks.

“Falta pouco mais de 10% da área para ser colhida e no máximo teremos alguns ajustes finos. Então teremos um grande prejuízo no estado. Há uma grande diferença entre o que a Conab e a indústria projetam de perdas e o que verificamos no campo. Nós não concordamos com esses números, até pelo impacto que isso traz, pois o mercado avalia tudo isso e os produtores é que saem perdendo”, diz Fucks. “Agora temos que focar nas prorrogações das dívidas e em gerar crédito para o produtor plantas a segunda safra e a economia volte a girar.”

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