Soja: plantio e colheita estão atrasados na Argentina e nos Estados Unidos

Apesar do retardo nos trabalhos as perspectivas em ambos países é de uma boa safra e altas produtividades

Daniel Popov, de São Paulo
Enquanto o Brasil vive a expectativa de terminar o plantio da soja de maneira rápida, já que o clima colaborou, seus concorrentes diretos na cultura enfrentam dificuldades para concluir os trabalhos.

Nos Estados Unidos a colheita da oleaginosa tem avançado a passos mais lentos que a mesma época do ano passado. Até o dia 11 de novembro, 88% da área estimada de 36,1 milhões de hectares havia sido semeada. Se comparado à semana anterior o avanço foi de apenas 5 pontos percentuais.

Em igual período do ano passado, a colheita americana era de 93%, mesma quantidade registrada na média histórica para o período. “As condições das lavouras nos Estados Unidos são muito boas, embora as chuvas de outubro tenham atrapalhado a colheita e trazido alguns excessos de umidade que podem ter afetado um pouco a qualidade”, diz o analista da Safras & Mercado Luiz Fernando Gutierrez.

Argentina

Os vizinhos estão com os trabalhos de semeadura atrasados também, mas nada que traga preocupação. Por lá 10% da área estimada de 18 milhões de toneladas foi plantada, contra os 12% da safra anterior.

“A Argentina está um pouco atrasada, sim. Algumas regiões tiveram excesso de chuvas, impedindo a entrada das máquinas no campo. Mas não há nada que traga preocupação ainda e nem prejuízos”, conta Gutierrez.

Para o analista, os produtores até preferem esse excesso de umidade do que a falta de chuvas, como no ano passado (que rendeu uma forte quebra de safra). “Melhor que chova agora mesmo. O início por lá é bom e a safra deve ser normal, em torno de 56 milhões de toneladas”, afirma.

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