“A partir de agora, conforme a colheita de soja avança em Mato Grosso, a tendência é que os volumes exportados aumentem cada vez mais”, afirma o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea). Segundo a entidade, o estado segue registrando uma boa produtividade em grande parte das lavouras, o que aumenta o rendimento dos produtores. Dessa forma, caso a demanda internacional se mantenha firme, o Brasil tem tudo para se manter competitivo em 2020.
“Com a melhora nas cotações da oleaginosa, o mês de fevereiro apresentou bons avanços na comercialização de soja”, afirma o Imea.
Até o momento, a safra 2019/2020 já se encontra com 75,5% negociada, avanço de 7,53 pontos percentuais. ante janeiro. Já para a safra 2020/2021, foram negociadas antecipadamente 20,3%, avanço de 7,06 pontos percentuais.
Chicago X mercado físico
Apesar das quedas nas cotações na Bolsa de Chicago nas últimas semanas, a entidade acredita que o atual cenário econômico segue favorecendo os negócios. “O contrato corrente para o dólar fechou com uma média mensal de R$ 4,35 em fevereiro, alta de 4,85% em relação a janeiro.”
Para o Imea dólar em alta e bons prêmios, aliados a elevação na demanda chinesa garantiram bons negócios para os produtores brasileiros em fevereiro, que conseguiram em Mato Grosso preços médios de R$ 74,43 por saca para a safra 2019/2020 e R$ 74,45 por saca para a safra 2020/2021, alta de 3,79% e 3,46%, respectivamente ante janeiro.
“O preço da soja em Mato Grosso finalizou a última semana com uma cotação média de R$ 76,07 por saca, avanço de 2,21%. A alta de Chicago, atrelada ao patamar histórico do dólar, influenciou no indicador”, afirma.
Segundo o Imea o mercado tentou recuperar parte do prejuízo em fevereiro, com isso, o contrato corrente da soja em Chicago apresentou alta nas cotações de 2,18% ante a semana anterior, média de US$ 9 por bushel.
“Com a confirmação dos novos casos de coronavírus no país e as incertezas quanto ao impacto na economia global, o dólar corrente fechou com média de R$ 4,61, alta de 3,02%.