Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a quinta-feira, 17, com preços em forte baixa. O grão despencou cerca de 8%. O óleo baixou quase 10% e o farelo caiu 5%, pressionados pela onda de vendas por parte de fundos e especuladores no mercado de commodities nesta quinta.
- Soja: preços seguem Chicago e despencam até R$ 6,50 por saca no Brasil
- Conheça os vencedores do Desafio Cesb de Máxima Produtividade de Soja
Os contratos da soja em grão com entrega em julho fecharam com baixa de 118,75 centavos de dólar por bushel ou 8,19% a US$ 13,29 por bushel. A posição agosto teve cotação de US$ 12,95 por bushel, com perda de 107
centavos ou 7,63%.
Nos subprodutos, a posição julho do farelo caiu US$ 17,70 ou 4,66% a US$ 361,50 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em julho fecharam a 56,57 centavos de dólar, perda de 5,50 centavos ou 8,86%.
Segundo a Safras & Mercado, a possibilidade dos Estados Unidos elevarem as taxas básicas de juros, sinalizada nesta quarta, pelo Federal Reserve, fez os investidores buscarem apostas mais seguras, como o dólar, e se desfazerem de posições no mercado de commodities, temendo os impactos inflacionários. O dólar disparou, trazendo temores de perda de competitividade dos produtos agrícolas americanos.
O resultado das exportações semanais americanas abaixo do esperado para soja, milho e trigo reforçou o sentimento de que os preços elevados estariam prejudicando a demanda. Além disso, a China anunciou que vai tomar medidas para monitorar de perto os preços internos e o temor é de uma queda na demanda.
Esse movimento de vendas técnicas e especulativas se somou a um cenário já negativo em termos fundamentais e que atingiu Chicago nas últimas oito sessões. Os boletins continuam indicando condições climáticas favoráveis às lavouras americanas. Há ainda o temor que o governo americano alivie as medidas regulatórias no biodiesel, determinando uma diminuição na mistura e uma queda na procura.