O mercado brasileiro de soja teve uma quarta-feira de preços mistos. A volatilidade da oleaginosa na Bolsa de Chicago e do dólar dificultaram um melhor direcionamento internamente. De acordo com análise da Safras & Mercado, houve algumas negociações reportadas, mas sem volumes relevantes.
Os prêmios para embarque em Paranaguá têm reajustes positivos desde meados de janeiro, subindo a patamares antes vistos no final do ano passado, informa a consultoria Agrifatto. Para embarque em maio de 2019, os prêmios se aproximam de US$ 0,70 por bushel.
SOJA NO MERCADO FÍSICO – POR SACA DE 60 KG
- Passo Fundo (RS): R$ 74
- Cascavel (PR): R$ 72
- Rondonópolis (MT): R$ 68
- Dourados (MS): R$ 68,50
- Santos (SP): R$ 76,50
- Paranaguá (PR): R$ 78
- Rio Grande (RS): R$ 77,50
- São Francisco (SC): R$ 77,50
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Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam a quarta-feira com preços em alta para o grão. Apesar de pressionados pelos rumores de alastramento de gripe suína africana na Ásia, fato que pode afetar a demanda da oleaginosa para a ração animal, os preços fecharam em alta, reagindo após a queda de terça-feira.
A frustração pela ausência de novidades positivas sobre a relação entre EUA e China atuou como fator negativo, limitando os ganhos. Autoridades chinesas reafirmaram as promessas de importar mais soja dos Estados Unidos, enquanto os dois países tentam aliviar as tensões comerciais por meio de negociações.
“A China e os Estados Unidos com certeza serão parceiros comerciais importantes na soja”, disse Han Changfu, ministro de Agricultura e Assuntos Rurais, em coletiva de imprensa. O país asiático continuará a ser um importante importador de soja, apesar dos esforços para impulsionar a produção nacional, disse Han. A produção anual do país, em cerca de 15 milhões de toneladas, não atende sua demanda de cerca de 110 milhões de toneladas.
A China fortalecerá os esforços para abrir seu mercado rural diversificando as fontes de importações agrícolas, disse Wu Hongyao, uma autoridade do Ministério da Agricultura, na mesma coletiva de imprensa. “A porta para a importação de soja dos Estados Unidos permanecerá aberta após as negociações comerciais”, afirmou Wu, que está envolvido na elaboração de importantes diretrizes de políticas rurais.
SOJA NA BOLSA DE CHICAGO (CBOT) – POR BUSHEL
- Março/2019: US$ 9,02 (+1,75 cent)
- Maio/2019: US$ 9,16 (+1,50 cent)
Milho
A Bolsa de Chicago para o milho fechou com preços mais altos. O mercado reagiu às perdas de terça-feira, quando atingiu o menor patamar em quase três meses.
O mercado esteve atento aos sinais de acordo entre os Estados Unidos e China. Autoridades de ambos países estão reunidos deste esta terça-feira, em Washington.
MILHO NA BOLSA DE CHICAGO (CBOT) – POR BUSHEL
- Março/2019: US$ 3,70 (+1 cent)
- Maio/2019: US$ 3,79 (+1,50 cent)
Os preços internos pouco se alteraram nesta quarta. Segundo o analista de Safras & Mercado Fernando Henrique Iglesias, o quadro segue delimitado para o mercado disponível. “Ainda há dificuldade na aquisição de lotes mais representativos”, comenta.
Já os prêmios nos portos brasileiros, de acordo com a Agrifatto, ficam estáveis no início desta semana, balizados em torno de US$ 0,35 por bushel.
MILHO NO MERCADO FÍSICO – POR SACA DE 60 KG
- Rio Grande do Sul: R$ 38
- Paraná: R$ 36
- Campinas (SP): R$ 44
- Mato Grosso: R$ 26
- Porto de Santos (SP): R$ 37
- Porto de Paranaguá (PR): R$ 36,50
- Porto de São Francisco (SC): R$ 36,50
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Café
Preços mais altos no Brasil. Em dia de altas para o arábica na Bolsa de Nova York e para o robusta em Londres, o mercado nacional foi mais sustentado pela demanda. Houve uma movimentação mais interessante no dia, com negociações de volumes “picados”.
CAFÉ NO MERCADO FÍSICO – POR SACA DE 60 KG
- Arábica/bebida boa – Sul de MG: R$ 400 a R$ 405
- Arábica/bebida boa – Cerrado de MG: R$ 405 a R$ 410
- Arábica/rio tipo 7 – Zona da Mata de MG: R$ 345 a R$ 350
- Conilon/tipo 7 – Vitória (ES): R$ 300 a R$ 305
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Segundo traders, a sessão em Nova York, volátil como sempre, terminou por ser de recuperação técnica após as perdas do dia anterior, que levaram o contrato maio à mínima de US$ 1 a libra-peso. A reação foi sustentada pela boa alta do petróleo mais uma vez no dia.
Porém, o dia não foi só de ganhos, NY chegou a apresentar perdas e teve mínima para maio abaixo de US$ 1 a libra-peso, mas logo o mercado reagiu, embora no fechamento os ganhos não possam ser chamados de expressivos.
A BOLSA DE NOVA YORK (ICE FUTURES US) – POR LIBRA-PESO
- Março/2019: US¢ 97,55 (+0,35 cent)
- Maio/2019: US¢ 101,40 (+0,55 cent)
Na Bolsa de Londres, o robusta encerrou as operações da quarta-feira com preços mais altos. Após as perdas do dia anterior, a variedade encontrou sustentação e recuperação, acompanhando a valorização do arábica e a subida do petróleo.
Os ganhos estiveram mais associados a esses aspectos do que a qualquer fundamento, que segue ainda de pressão sobre as cotações, diante da ampla oferta global.
CAFÉ ROBUSTA NA BOLSA DE LONDRES (LIFFE) – POR TONELADA
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- Março/2019: US$ 1.517 (+US$ 4)
- Maio/2019: US$ 1.544 (+US$ 6)
Boi gordo
O cenário na maioria das regiões é de mercado travado, com equilíbrio entre oferta restrita e lento escoamento, diz a Scot consultoria. No fechamento desta quarta, nas praças onde houve alterações nas cotações, o maior movimento foi de valorização.
“Chama a atenção que mesmo diante de um cenário de segunda quinzena do mês com demanda enfraquecida, a dificuldade de compra das indústrias é tanta que gera pagamentos acima das referências para arroba”, dizem analistas.
A consultoria também destaca que em algumas praças em que as cotações estão estáveis, há negócios pontuais com lotes de animais mais jovens com pagamentos acima das referências. Isso acontece principalmente nas regiões que sofreram com a estiagem em dezembro e janeiro últimos e há maior dificuldade para a compra de bovinos com melhor acabamento.
Em São Paulo, após a desvalorização no fechamento anterior, a referência para a arroba do boi gordo está estável, cotada em R$151,50, à vista, livre de Funrural. Na praça paulista a maior parte das indústrias está com escalas de abates programadas até o início da próxima semana.
No atacado, segundo a Agrifatto, acotação da carcaça está no maior patamar desde a primeira metade de janeiro, cotada a R$ 10,42 por quilo. Os avanços recentes foram impulsionados pela valorização do dianteiro e da ponta de agulha.
No mercado futuro da B3, o vencimento para fevereiro fechou a R$ 151,80 por arroba, sem variação em relação a segunda-feira. Já os contratos para maio e outubro encerraram o dia a R$ 151,05 por arroba (-0,20%) e R$ 156,50 por arroba (-0,70%), respectivamente.
BOI GORDO NO MERCADO FÍSICO – ARROBA À VISTA
- Araçatuba (SP): R$ 151,50
- Triângulo Mineiro (MG): R$ 145
- Goiânia (GO): R$ 139
- Dourados (MS): R$ 139
- Mato Grosso: R$ 133 a R$ 138
- Marabá (PA): R$ 131
- Rio Grande do Sul (oeste): R$ 5,10 (kg)
- Paraná (noroeste): R$ 149,50
- Paragominas (PA): R$ 137
- Tocantins (sul): R$ 135
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Dólar e Ibovespa
Previsão do tempo para quinta-feira, dia 21
Sul
Ainda temos a presença de uma massa de ar seco atuando no Rio Grande do Sul, e mais uma vez o sol predomina com poucas nuvens pelo estado, favorecendo o tempo firme.
Em Santa Catarina e no Paraná, a influência é de um sistema de baixa pressão, que ajuda na formação das nuvens carregadas ao longo do dia. Isso traz pancadas de chuva entre a tarde e a noite, com potencial para trovoadas e volumes que podem ser expressivos. Principalmente no leste de Santa Catarina e no Paraná.
As temperaturas no Rio Grande do Sul seguem elevadas, assim como no oeste catarinense e paranaense. Nas outras áreas, as temperaturas não sobem tanto.
Sudeste
A atuação de um sistema de baixa pressão no Sudeste favorece as pancadas de chuva no fim do dia, principalmente em São Paulo, no sul de Minas Gerais e no Triângulo Mineiro. Os volumes são mais expressivos no litoral sul paulista.
Nas demais áreas do Sudeste, o sol aparece entre nuvens na maior parte do dia, e a chuva que ocorrer não traz potencial para transtornos. As temperaturas seguem elevadas em todos os estados da região.
Centro-Oeste
A chuva persiste nos três estados, além do Distrito Federal, mas o potencial para chuva forte diminui. As pancadas devem ocorrer de forma rápida, intercaladas com períodos de sol e calor.
Nordeste
A chuva persiste sobre a maior parte da região, especialmente em áreas do Piauí. Nessas áreas, ficam concentrados os maiores acumulados, devido à formação de instabilidades no alto da atmosfera.
Na maior parte da Bahia, o tempo firme predomina com sol entre poucas nuvens.
Norte
Quinta-feira sem grandes mudanças na região, ainda com pancadas de chuva intercaladas com períodos de sol e calor. Em Roraima, o tempo seco não dá trégua há pelo menos 40 dias.