Soja pronta, máquinas reguladas, mas as chuvas impedem os trabalhos

No município de Campo Verde, em Mato Grosso, produtores estão apreensivos com o clima e com receio de não conseguir colher o grão no tempo certo

André Anelli, de Campo Verde (MT)
Plantio com seca e colheita debaixo de chuva. A irregularidade climática tem prejudicado os produtores de soja em Mato Grosso. Em Campo Verde a estimativa é de perda de pelo menos 10% na produtividade.

A maioria das lavouras por aqui estão bem desenvolvidas. Mesmo assim existem bolsões de seca, onde as plantas se desenvolveram menos. Nem mesmo as últimas chuvas devem resolver o problema.

“Tivemos um problema no início do plantio. Faltou água no período de germinação, e isso compromete todo o ciclo depois. Nesta fase que estamos agora, de pós florescimento e enchimento de grão, é crucial que tenha um volume de água necessário para que a safra seja boa. Uma vez que faltou água, dificilmente conseguirá formatar aquela carga do jeito que deveria ser, né”, conta Alexandre Lopes, secretário Sindicato Rural Campo Verde.

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A estimativa é que a produção do município seja 10% menor em relação ao ano passado. Como o plantio foi prejudicado por conta da seca, a chuva que não caiu naquela época, deve vir agora, atrapalhando o fim da safra.

Por enquanto, o cenário é de soja pronta para ser colhida, mas nenhuma máquina na lavoura. A alta umidade aqui e o tempo fechado atrasam ainda mais a colheita e ameaçam a produtividade.

“No início do plantio tivemos seca e isso atrasou tudo em relação ao ano anterior. Agora está com excesso de chuvas. Nessa época do ano passado, já tínhamos colhido mais de 60% da nossa produção. Esse ano estamos com 16%, ainda com muito para colher. Nós temos ciência que a nossa produção será igual ao ano passado, vai ser menor, mas estamos pensando positivo, não vamos ter uma perda tão grande”, diz a agricultora Raquel Schenkel.

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