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Soja: safra argentina deve ser 10 milhões de toneladas menor

De acordo com a consultoria Agripac, os prejuízos podem atingir US$ 4 bilhões; confira as principais notícias sobre dólar, mercado agrícola e previsão do tempo para começar o dia bem informado

Fonte: Fabrício Andrade/ Patrocínio (MG)

Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a quarta-feira, dia 14, com preços mais altos. No início da sessão, a cotação até esboçou uma correção negativa frente aos fortes ganhos acumulados desde segunda-feira, 12, mas acabou voltando a operar no território positivo e fechou novamente em alta.

O mercado voltou a dar continuidade ao movimento de alta frente às condições climáticas para o desenvolvimento da safra argentina. As previsões continuam apontando para a manutenção de um clima desfavorável nas principais províncias produtoras do país vizinho nos próximos 14 dias, e tal fato preocupa bastante.

Se o clima continuar ruim, as perdas produtivas poderão ultrapassar 5 milhões de toneladas, trazendo um aperto na oferta da oleaginosa por parte do maior país exportador de subprodutos (farelo e óleo).

A perda de força do dólar frente a outras moedas mundiais também ajudou a trazer força ao complexo soja, aumentando a competitividade dos produtos norte-americanos no mercado internacional.

Argentina
A consultoria Agripac revisou para baixo as estimativas para as safras de soja e de milho da Argentina em decorrência da seca que atinge o país. Segundo o consultor Pablo Adreani, a previsão do ciclo 2017/2018 de oleaginosa argentina caiu de 57 milhões de toneladas para 47 milhões de toneladas, com uma perda financeira estimada de US$ 4 bilhões. A safra de milho do país vizinho foi revista de 40 milhões de toneladas para 35 milhões de toneladas, com uma perda financeira de US$ 1 bilhão.

Brasil
O mercado brasileiro de soja registrou bastante movimento no Paraná e no Rio Grande do Sul. Na volta do feriado, foi registrada a negociação de mais de 50 mil toneladas. Os preços subiram em praticamente todas as praças na comparação com a última sexta-feira. Na abertura das cotações, os preços estavam ainda mais elevados, porém a valorização foi reduzida pela forte queda do dólar.

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