O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, na sigla em inglês) publicou nesta semana o relatório Global Agricultural Information Network (Gain) sobre a safra de soja no Brasil em 2015/16, em fase de colheita. Na projeção do USDA, o volume colhido e exportado na atual safra brasileira baterão recordes, porém, eles vieram abaixo das estimativas oficiais do governo norte-americano. Enquanto isso, a área plantada veio em linha com os números oficiais do governo.
O relatório aponta que a safra 2015/16 de soja no Brasil atingirá a marca de 98 milhões de toneladas colhidas (ante projeção oficial de 100,77 milhões de toneladas), das quais 55 milhões de toneladas devem ser embarcadas para compradores internacionais (a estimativa oficial é de 56,65 milhões de toneladas). No ciclo anterior, 2014/15, a China foi o principal destino da soja brasileira, com 75% das compras.
A área plantada deve superar em 900 mil hectares o espaço destinado à soja no ano passado, ocupando 33 milhões de hectares. A cotação mais elevada do dólar em relação ao real tem favorecido a exportação da oleaginosa brasileira, apesar dos preços internacionais terem recuado em comparação com anos anteriores.
Dúvidas em relação ao impacto do clima seco sobre as plantações, principalmente nos meses de novembro e dezembro, foram mitigadas com as chuvas verificadas em janeiro, aponta o relatório. O clima volátil ao longo de 2016 deverá pautar o mercado de soja, principalmente diante da influência do El Niño no regime de precipitações na região central e nordeste do País.
O USDA projeta que serão processadas 40,2 milhões de toneladas de soja na atual safra. Maiores demandas pelo farelo da soja na Tailândia, Vietnã e Indonésia devem favorecer as exportações.