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Soja: subvenção para o seguro rural gera preocupação

Apesar de o valor disponível ser maior nesta safra, R$ 190 milhões, volume ainda é insuficiente para atender boa parte dos produtores do país

Produtores de soja do Paraná estão preocupados com a cobertura do seguro rural para as lavouras. Na safra passada, a situação ficou difícil e até agora boa parte de quem produz ainda não sabe se vai poder contar com a subvenção do governo.

A soja é a cultura com maior demanda pela subvenção do seguro no país, com quase metade de todas as apólices contratadas. Esta foi uma das razões pelo qual o governo brasileiro realocou parte do seguro rural destinados às culturas de inverno para o grupo de grãos de verão, totalizando R$ 190 milhões. Hoje, o percentual de subvenção do governo federal para o seguro agrícola varia de 35% a 55% para os grãos, dependendo da cobertura contratada.

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Os produtores do Paraná são os que mais utilizam este recurso. Por lá, a preocupação dos produtores é se conseguirão o recurso, já que o próprio Ministério da Agricultura (Mapa) estima que o valor total de subvenção deva ser dividido entre 40 mil apólices para o Brasil inteiro.

A experiência na safra passada, em que os produtores do estado tiveram muitas perdas por causa do clima, deixou os agricultores do município de Maringá (PR) receosos. Muitos não foram contemplados com o recurso e tiveram que arcar com todo o valor do prêmio a um custo médio de quatro sacas por hectare, segundo cálculos do presidente do sindicato rural da cidade, José Antonio Borghi. Ele diz que além da subvenção no premio, o seguro, no caso da soja, deveria considerar as perdas de qualidade, quando ocorre um sinistro e não de quantidade, como acontece hoje.

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Foi exatamente isso que aconteceu na propriedade do sojicultor Antonio Molonha, de Maringá. Na safra 2015/2016 ele plantou 106 hectares, mas os problemas climáticos geraram uma quebra de 25% na produção, só por problemas de qualidade. Na época, ele não foi contemplado pelo seguro e teve que arcar sozinho com o custo do seguro e os prejuízos de qualidade não cobertos. “Na época da colheita, tiveram muitas chuvas intensas e contínuas e tive perda de qualidade na soja que me custou R$ 27 mil”, conta Molonha.

Para esta safra o produtor está um pouco mais otimista em relação ao clima, já em relação ao seguro, que ele já fechou o contrato, a expectativa não é tão boa. “Até agora não temos nenhuma informação se conseguiremos ou não as subvenções”, afirma ele. “É possível que tenha que desembolsar de novo, e isto é doloroso.”

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