As sementes de soja tratadas industrialmente recebem inseticidas, fungicidas, nematicidas, inoculante, pós-secante e recobrimento para fixar os produtos. Da sementeira, a cultivar sai pronta para o plantio.
O vice-presidente da Associação Brasileira de Produtores de Sementes de Soja (Abrass), Gladir Tomazelli, essas sementes trazem ganho direto de produtividade. “Se tivéssemos tratamento adequado, poderíamos, com certeza, produzir de cinco a dez sacas a mais”, diz.
Na safra 2019/2020, a sementeira Agrosol espera vender 380 mil sacas de 40 quilos de cultivares tratadas, o que representa 40% de toda a produção do grupo. Mas, mesmo com o crescimento em algumas regiões, a adoção desta tecnologia ainda é baixa. Muitos agricultores preferem fazer o processo na fazenda para diminuir os custos.
Para mostrar os benefícios econômicos, a Abrass e as principais empresas do setor lançaram a campanha “TSI em Campo”. “O produtor recebe a semente pronta para plantar, melhora seus índices de produtividade e ainda por cima usa um modelo sustentável, que evita desperdícios”, pontua o diretor-executivo da associação, Luciano Vacari.
O setor alerta, ainda, para perdas com o tratamento na fazenda. “Analisamos 100 amostras feitas on farm e 70% delas estavam fora do padrão. Agricultor está gastando dinheiro, fazendo de maneira muito rudimentar, não está tendo os benefícios e não está enxergando que esse trabalho não está sendo bem feito”, afirma o diretor da Abrass, Carlos Ernesto Augustin
Outra preocupação é com a saúde dos trabalhadores. Quem investe no tratamento industrial afirma que vale a pena. “É um custo necessário para não expor as pessoas, elas têm que estar protegidas”, diz Tomazelli.
Quer saber mais sobre o uso de sementes tratadas industrialmente? Acesse o site da campanha “TSI em Campo”.