O mercado brasileiro de soja teve um dia de bons negócios. Analistas de Safras & Mercado estimam que ao menos 250 mil toneladas tenham sido movimentadas no Brasil nesta segunda-feira (10).
Com a melhora nos prêmios na última semana, diminuindo o deságio entre mercado interno e externo, e com o dólar subindo pouco hoje, os preços aumentaram no Brasil. O principal motor foi a Bolsa de Chicago.
Bons volumes foram negociados no Rio Grande do Sul, no Paraná, em Mato Grosso, São Paulo e Minas Gerais.
Veja as cotações da saca de 60kg
- Passo Fundo (RS): subiu de R$ 142 para R$ 143
- Região das Missões: avançou de R$ 140 para R$ 142
- Porto de Rio Grande: cresceu de R$ 148 para R$ 151
- Cascavel (PR): aumentou de R$ 133 para R$ 135
- Porto de Paranaguá (PR): valorizou de R$ 143 para R$ 145
- Rondonópolis (MT): subiu de R$ 117 para R$ 119
- Dourados (MS): foi de R$ 122,50 para R$ 123,50
- Rio Verde (GO): avançou de R$ 118 para R$ 120
Soja em Chicago
Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a segunda-feira com preços em boa alta.
Com indicações climáticas pouco favoráveis ao desenvolvimento das lavouras americanas, fundos e especuladores adicionaram prêmio de risco, se posicionando frente ao relatório de julho do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).
O órgão deverá reduzir as suas estimativas para a safra e estoques de soja americanos no relatório de julho. Os números serão divulgados na quarta, 13h. Para a temporada 2022/23, a estimativa para os estoques americanos é de elevação.
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Analistas consultados pelas agências internacionais apostam em estoques americanos de 235 milhões de bushels em 2022/23. Em junho, a previsão ficou em 230 milhões de bushels. Para 2023/24, o USDA projeta estoques de 206 milhões de bushels. Em junho, o número era de 350 milhões.
A safra americana deverá ser indicada em 4,250 bilhões de bushels para 2023/24, contra 4,510 bilhões apontados em junho. No ano passado, a safra ficou em 4,276 bilhões.
Oferta e demanda mundial
Em relação ao quadro de oferta e demanda mundial da soja, o mercado aposta em estoques finais 2022/23 de 101,3 milhões de toneladas, mantendo o número de junho. Para 2023/24, a estimativa do
mercado é de 120,4 milhões, abaixo dos 123,3 milhões de junho.
O USDA deve cortar a projeção de safra da Argentina de 25 milhões para 23,6 milhões de toneladas, reflexo da prolongada estiagem naquele país. Para o Brasil, a aposta é que a produção tenha sua previsão elevada de 156 milhões para 156,2 milhões de toneladas.
Contratos futuros da soja
Os contratos da soja em grão com entrega em agosto fecharam com alta de 27,75 centavos ou 1,94% a US$ 14,55 1/2 por bushel. A posição novembro teve cotação de US$ 13,45 1/2 por bushel, com ganho de 27,75 centavos de dólar ou 2,10%.
Nos subprodutos, a posição agosto do farelo fechou com ganho de US$ 3,00 ou 0,74% a US$ 405,80 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em agosto fecharam a 65,33 centavos de dólar, com alta de 2,76 centavos ou 4,41%.
Câmbio
O dólar comercial encerrou a sessão em alta de 0,32%, sendo negociado a R$ 4,8820 para venda e a R$ 4,8800 para compra. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 4,8560 e a máxima de R$ 4,8920.
