As chuvas previstas para dezembro não devem ser satisfatórias para atender os produtores rurais que se dedicam à cultura da soja no Rio Grande do Sul. É o que observa a jornalista Angela Ruiz, da Climatempo e especializada em agronegócio pela Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” da Universidade de São Paulo (Esalq-USP).
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Durante participação na edição desta quinta-feira (1º) do telejornal ‘Mercado & Companhia’, Angela destacou que as chuvas devem seguir “irregulares” sobre todo o estado gaúcho e o oeste de Santa Catarina. A estimativa ocorre em que produtores dessas áreas estão interrompendo a semeadura de soja por causa da condição do solo, que está seco. É o que ocorreu, por exemplo, com a Fazenda Irmãos Guadagnin, no município de Não-Me-Toque (RS).
Para o restante da região Sul, a chuva não será necessariamente um problema para seguir com o plantio da oleaginosa, apontou a entrevistada do Canal Rural. “A chuva fica um pouquinho abaixo da média. Ela só ficará acima da média no leste do Paraná e de Santa Catarina. Mas também teremos boas chuvas, só que espaçadas, para o o norte e centro paranaense.”
Soja: chuvas em MS, MT e Matopiba
Em Mato Grosso do Sul, a especialista em agronegócio afirma que dezembro de 2022 deverá registrar chuvas “um pouco abaixo da média” também no sul de Mato Grosso do Sul. O que, no entanto, não deverá ocasionar problemas nas lavouras de soja. “Pancadas acontecendo quase que diariamente, mas de uma forma ainda um tanto quanto pontual”, afirmou Angela Ruiz.
“No geral, no estado [de Mato Grosso], vamos ter chuvas acima da média” — Angela Ruiz
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“Boas chuvas” são aguardadas para boa parte de Mato Grosso ao decorrer deste mês, pontua a jornalista. “No geral, no estado, vamos ter chuvas acima da média. Uma chuva mais regular, principalmente na metade leste [mato-grossense]”, observou ela, que conversou com a apresentadora Pryscilla Paiva.
De forma geral, chuvas acima da média são esperadas em dezembro para o Matopiba — fronteira agrícola que engloba áreas de quatro estados: sul do Maranhão, leste do Tocantins, sul do Piauí e oeste da Bahia. Grandes acumulados e que, neste momento favorecem os trabalhos de campo, são previstos, por exemplo, para os municípios baianos de Barreiras e Luís Eduardo Magalhães.
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