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Abiec revê previsão de receita com exportações de carne bovina

Projeção para este ano caiu de US$ 5,7 para US$ 5,4 bilhõesA Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec) revisou as projeções para as exportações de carne bovina brasileira em 2008 e 2009. Segundo o presidente da entidade, Roberto Giannetti da Fonseca, a receita de 2008 se encerrará entre US$ 5,3 bilhões e US$ 5,4 bilhões. A expectativa anterior é de que as exportações tivessem receita de US$ 5,7 bilhões.

Já para o volume, em 2008 será vendido ao mercado externo 1,350 milhão de toneladas, ante o volume de 1,5 milhão previsto anteriormente.

Dezembro acompanhou a tendência de queda das exportações observada em novembro. De acordo com a Abiec, na primeira quinzena deste mês, os embarques totalizaram US$ 124,3 milhões, queda de 18% em relação ao mesmo período do ano passado. Em volume a baixa foi mais acentuada, de 26%.

O cenário para as exportações de carne bovina brasileira em 2009 é de estabilidade. Desde 2001, o setor vinha crescendo entre 15 e 20% ao ano. Segundo a Abiec, no ano que vem a receita e o volume devem ficar nos mesmos patamares de 2008.

A nova análise foi baseada no desempenho da Rússia, principal exportador da carne bovina brasileira, que, por conta da crise de crédito, ficou aquém do esperado. A alternativa para 2009 é destinar a carne que seria vendida para a Rússia para outros mercados, como União Européia e Chile.

? Para a União Européia já está ocorrendo, e para o Chile deverá ocorrer no início de 2009. Com isso nós vamos ter a capacidade de retomar a nossa posição histórica nesses mercados ? prevê Gianetti da Fonseca.

Se houver esta recuperação, a expectativa da Abiec é que as exportações para a UE atinjam no ano que vem 200 mil toneladas. Para o Chile o volume esperado é de 80 mil toneladas.

Outra preocupação do setor, é manter o emprego na indústria da carne  em 2009.

? Mesmo que haja mecanismos como a redução da jornada de trabalho e da substituição temporária do contrato de trabalho, que poderão ser utilizados caso a crise se agrave, vamos procurar manter os empregos que hoje existem ? assegurou o presidente da Abiec.

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