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Abimaq culpa o câmbio por queda de faturamento do setor

Presidente da entidade diz que as importações de máquinas estão crescendo muito e prejudicando a indústria nacionalO presidente da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), Luiz Aubert Neto, disse que o câmbio continua a ser determinante para explicar a queda de faturamento do setor.

Os números divulgados nesta quarta, dia 24, pela Abimaq indicam que a indústria brasileira de máquinas e equipamentos teve queda de 26,1% no faturamento nominal em janeiro deste ano em relação a dezembro do ano passado e que as exportações também caíram 31,3% na comparação com o mesmo período de 2009.

? O câmbio está sendo mortal para a gente. O mês de janeiro deste ano representou a pior exportação dos últimos dez anos do nosso setor. Estamos perdendo mercado lá fora. Em função da crise (econômica), tivemos uma queda natural. Mas perdemos muito. Além disso: perdemos para os chineses ? afirmou ele.

Segundo o presidente da Abimaq, as importações de máquinas, principalmente provenientes da China, estão crescendo muito e prejudicando a indústria nacional.

? O setor de máquinas está sendo rifado. Esta é uma estrutura estratégica para qualquer país desenvolvido do mundo. Não existe um país desenvolvido que não tenha um setor de bens de capital desenvolvido ? disse Aubert Neto.

O balanço de janeiro divulgado pela Abimaq também mostrou aumento do déficit de 8,6% na balança comercial do setor de bens de capital, em comparação a janeiro de 2009, passando de US$ 1,05 bilhão para US$ 1,14 bilhão.

Apesar desses problemas, o setor vê com otimismo 2010, prevendo que os investimentos cresçam cerca de 20% em relação a 2009. A expectativa do setor é de que grande parte desses investimentos será para a modernização tecnológica e reposição de máquinas depreciadas.

Segundo Neto, iniciativas como o programa Minha Casa Minha Vida, a Copa do Mundo em 2014, as Olimpíadas de 2016 e a exploração do pré-sal podem explicar o otimismo. Mas para que o setor cresça, ressaltou que é preciso que o governo reveja sua política de câmbio.

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