AGCO compra fatia de 80% em empresa chinesa de máquinas agrícolas

Transação deve ser concluída em 2011, mas está sujeita a condições e aprovações regulatóriasA companhia norte-americana de equipamentos agrícolas AGCO anunciou nesta quarta, dia 27, que concordou em comprar participação de 80% na chinesa Shandong Dafeng Machinery. A empresa foi criada em 1995 e atualmente produz colheitadeiras de milho, arroz, soja e outros grãos para o mercado doméstico da China.

A transação deve ser concluída neste ano, mas está sujeita às condições e aprovações regulatórias. Não foi divulgado o valor da operação. A AGCO é proprietária de marcas como Massey Ferguson e Challenger.

Segundo comunicado, a AGCO busca liderar o setor de máquinas agrícolas, introduzindo produtos de alta potência e tecnologia avançada, concentrando-se em demandas de novos clientes. Nos últimos anos, o mercado de colheitadeiras da China cresceu por causa do apoio do governo e dos avanços na mecanização da agricultura.

O presidente e executivo-chefe da AGCO, Martin Richenhagen, disse que a aquisição é um passo importante para a companhia.

 ? A aquisição somada a investimentos recentes no Brasil e nos Estados Unidos, assim como a aquisição da participação remanescente de 50% nas operações com colheitadeiras da Laverna na Itália, espera-se alcançar produção global de colheitadeiras superior a dez mil unidades por ano ? comenta.

Balanço
A aquisição de participação na Dafeng Machinery surge num momento em que o lucro da AGCO supera as estimativas da própria companhia, conforme balanço divulgado nesta terça, dia 26. No primeiro trimestre, o resultado foi impulsionado por crescimento de 35% na receita com vendas.

A empresa lucrou US$ 80 milhões, ou US$ 0,81 por ação, ante US$ 10,1 milhões, ou US$ 0,10 por ação, registrados um ano antes. Excluindo encargos como com reestruturação, o lucro no ano anterior atingiu US$ 0,12 por ação. A companhia estimava lucrar US$ 0,25 a US$ 0,30 por ação no primeiro trimestre deste ano.

A receita saltou para US$ 1,8 bilhão, superando a expectativa média dos analistas, de US$ 1,61 bilhão. A margem bruta aumentou de 16,9% para 19,8%. As vendas na Europa, no Oriente Médio e na África, que correspondem à maior parte do total, cresceram 52%. Na América do Norte, a elevação foi de 27%, enquanto na América do Sul, o aumento da receita foi de 8,8%.

A companhia elevou sua estimativa de lucro no ano para US$ 3,50 a US$ 3,75 por ação, com receita de US$ 8,3 a 8,5 bilhões. Em fevereiro, previa lucro de US$ 2,50 a US$ 2,75 por ação e receita de US$ 7,6 a 7,9 bilhões. As informações são da Dow Jones.