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Agricultores querem limitar usinas de cana em município Goiás

Para produtores, Morrinhos comporta apenas uma indústria de etanol e açúcarNesta sexta, dia 25, os vereadores de Morrinhos (GO) se reuniram pela segunda vez com os agricultores da região para discutir a limitação da instalação de usinas de etanol e açúcar. A preocupação dos produtores rurais com a chegada da cana começou em 2006, quando foi implantada a primeira usina de etanol no município. Áreas que eram usadas como lavouras de tomate, soja e milho, logo foram ocupadas pela cana. Na primeira safra, a plantação do produto passou de quatro mil hectares.

O crescimento da cana-de-açúcar é de 2% ao ano no município. A cultura tem oferecido mais vantagens aos produtores, que preferem arrendar ou serem fornecedores a ter que enfrentar problemas com lavouras de alto risco, como o milho sequeiro e a soja.

Até quem aderiu à nova cultura do município veio acompanhar as discussões. O agricultor Feliciano Junior, que também planta tomate industrial na região, arrendou uma parte da propriedade para a única usina do município. Ele defende uma convivência pacífica com a cana na região, que veio como uma alternativa para quem quer se proteger dos riscos de uma lavoura convencional.

Os agricultores recorrem aos vereadores com o pedido de limitação de usinas no município porque, segundo eles, a cidade comporta apenas uma indústria de etanol e açúcar. Os produtores de grãos acreditam que através de lei municipal a ameaça sobre as culturas tradicionais não seja potencializada.

O presidente da Câmara de Vereadores de Morrinhos, Fausto Oliveira, vai convocar agora uma nova reunião para tratar do assunto. Um estudo será feito para ver qual instrumento legal que possa regular a instalação de novas usinas de álcool no município.

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