Agricultura e setor produtivo do RJ se unem pelo cumprimento da Lei da queima da cana

Decisão judicial, em caráter liminar, impede a atividade de produção de açúcar e álcool no EstadoO secretário estadual de Agricultura, Christino Áureo, acompanhado do subsecretário Alberto Mofati e do procurador do Estado, Fabiano Pinto de Magalhães, realizou uma reunião com o presidente da Cooperativa da Agroindústria do Rio de Janeiro (Cooagro), Frederico Paes, e o corpo jurídico da entidade. O objetivo foi delinear os contornos das formas de recursos a serem impetrados pelos produtores de cana e agroindústrias sucroalcooleiras do Rio de Janeiro contra a decisão judicial, em caráter limin

De acordo com o documento expedido no dia 17 de junho, as usinas de Campos dos Goytacazes estão proibidas de comprar cana queimada. Christino Áureo destacou que o entendimento das secretarias de Agricultura e do Ambiente é de que a Lei 5.990, sancionada no último dia 21 pelo governador em exercício, Luiz Fernando Pezão, soluciona o impasse criado sobre a extinção da queima da palha da cana para a colheita, na medida em que estabelece de maneira clara o cronograma para encerramento da prática, permitindo aos milhares de produtores adaptarem-se à mecanização da colheita.

? Estamos tendo o apoio da Procuradoria Geral do Estado na defesa dos princípios contidos na Lei que aprovamos na Alerj. Acreditamos que o equilíbrio federativo será respeitado. O Estado é o responsável pelo licenciamento deste tipo de atividade, com legitimidade para legislar sobre o assunto ? enfatizou.

Para o presidente da Cooagro, Frederico Paes, o Estado está se empenhando para chegar a uma solução para a questão. Caso a legislação aprovada pela Alerj não seja aceita, o setor enfrentará uma situação calamitosa.

? A nova liminar impedindo a aplicação da legislação está nos deixando apreensivos. A situação está caótica a partir do momento em que a justiça está ordenando a prisão de caminhoneiros e até mesmo de produtores. Cerca de 90% dos plantadores de cana-de-açúcar são pequenos produtores que dependem da venda do produto para sobreviver. São 10 mil trabalhadores que poderão ficar desempregados caso não seja aceito o texto aprovado na Alerj e sancionado pelo Governador. Será um verdadeiro caos social na região. ? revela Paes.

Na avaliação do secretário Christino Áureo o bom senso irá imperar e os envolvidos chegarão a um consenso.

? Não podemos destruir milhares de empregos e famílias. Temos que ser responsáveis ? finalizou.