Anistia Internacional pede que Paraguai faça reforma agrária para combater pobreza

Mais de 30% da população do país sobrevive com dificuldadesAnistia Internacional (AI) pediu nesta sexta, dia 17, ao governo do Paraguai que execute uma reforma agrária integral para combater a pobreza. O pedido coincide com o Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza. A AI destacou em comunicado de sua filial em Assunção, capital do Paraguai, que dos pouco mais de 6 milhões de paraguaios que residem no país, 35,6% vivem na pobreza e 19,4% ocupam a faixa da pobreza extrema.

Destacou, além disso, que a incidência da pobreza extrema nos indígenas do Paraguai é quase oito vezes maior do que no resto da população.

? O acesso à terra é o principal reivindicação da maioria dos povos indígenas, grêmios e organizações camponesas ? afirmou o organismo internacional.

A AI solicitou ao governo de Fernando Lugo uma estratégia que fomente “a eliminação da discriminação no acesso e desfrute dos direitos econômicos, sociais e culturais, e na qual os grupos vulneráveis e marginalizados interessados tenham participação valiosa e ativa”.

Também propôs que se aumentem “os esforços para acelerar a demarcação e recuperação de terras e territórios dos povos indígenas do país, garantindo que contém com o título das mesmas”.

A população indígena do Paraguai, distribuída em 20 comunidades, é de 108.308 pessoas, o que representa o 2% da população total do país, segundo a Pesquisa Nacional de Lares Indígenas do Paraguai, elaborada pela Direção Geral de Estatísticas, Pesquisas e Censos (Dgeec), entre maio e junho.