Embora tenha admitido que a atual situação no mercado do petróleo “não serve nem para os consumidores nem para os produtores”, o ministro afirmou que “aumentar a oferta agora não frearia o aumento do preço”. Naimi disse que entre as causas da instabilidade no preço estão os “temores de que no futuro haverá alguma falta na oferta”, o que considerou “incorreto”.
A Arábia Saudita, a maior produtora e exportadora do planeta, foi alvo de contínuas pressões americanas para aumentar sua produção e a da Opep, o que vários membros do cartel rejeitaram, pois afirmam que os estoques são suficientes.
O ministro da Energia e da Indústria do Catar, Abdullah Bin Hamad Al-Attiyah, reiterou por outro lado em Jidá que “não há falta na oferta, mas, ao contrário, os estoques são maiores que o consumo”. Attiyah expressou sua oposição a um aumento da produção da Opep, como exigem os consumidores, pois “ninguém pode controlar o mercado do petróleo nem a curto nem a médio prazo”.
O primeiro-ministro do Reino Unido, Gordon Brown, e o secretário de Energia dos Estados Unidos, Samuel Bodman, pediram mais uma vez em Jidá o aumento da produção para interromper o aumento dos preços e estabilizar o mercado.
Neste sentido se expressou também o ministro de Minas e Energia do Brasil, Edison Lobão, que se queixou que a escalada no preço do petróleo causou o aumento do preço dos alimentos. Lobão afirmou que se a Opep aumentar sua produção, o Brasil também fará isto.