Está prevista uma conversa, por telefone, entre o secretário executivo do Ministério do Desenvolvimento do Brasil, Alessandro Teixeira, e o secretário da Indústria da Argentina, Eduardo Bianchi. Eles vão discutir possíveis flexibilizações das barreiras que possam ser feitas até o fim de semana.
Não há definição sobre os produtos a serem liberados. As principais preocupações do setor privado são com os automóveis argentinos parados na fronteira com o Brasil e os chocolates e geladeiras brasileiros estocados nos depósitos alfandegários da Argentina. Em nenhuma hipótese o Brasil vai aliviar as barreiras unilateralmente.
Desde terça da semana passada, dia 10, o Brasil colocou os carros em licença não automática de importação. Filas de caminhões-cegonha vindos da Argentina estão paradas na fronteira. Em Buenos Aires, a medida foi vista como uma retaliação.
Se Teixeira e Bianchi conseguirem chegar a um acordo nesta quinta, os dois vão se reunir em Buenos Aires na segunda e terça, dias 23 e 24. Caso contrário, é provável que a reunião não ocorra. Em um cenário otimista, os secretários colocarão fim ao conflito. Só haverá uma reunião entre os ministros Fernando Pimentel e Débora Giorgi se não houver um acordo.