O empresário Clécio Vieira decidiu investir no ramo de prestação de serviços quatro anos atrás. A frota dele, composta por cinco máquinas, entre plantadeiras, tratores e colheitadeiras está toda alugada para o preparo de solo em usinas de cana-de-açúcar e plantio da safra de verão.
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a área plantada de soja na região Sudoeste de Goiás deve aumentar cerca de 5%, com relação à safra passada.
O agricultor Edson Macedo vai aumentar sua área em seis vezes, até o ano passado ele investia em 280 hectares, agora são 1,5 mil. Seu maquinário inclui 12 tratores e uma colheitadeira comprada no ano passado. Mesmo assim, acredita que vai precisar de mais máquinas na próxima safra. O ganho de tempo tem sido a principal motivação para terceirizar o serviço. Segundo o agricultor, o trabalho ganha em eficiência e não é necessário fazer um investimento alto.
A redução da mão de obra também é um incentivo. Daqui a poucos dias, o plantio deve começar na fazenda e, já pensando lá na frente, o agricultor fechou um contrato de terceirização da colheita. De acordo com Macedo a antecipação se faz necessária porque não há reservas de máquina na região.
Na tentativa de suprir a falta de maquinário, o prestador de serviços agrícolas, Lauro Dias, trabalha em parceria com outros fornecedores concorrentes. Quando a área é maior ou precisa ser feita em um curto espaço de tempo, ele reúne de outras empresas mão de obra e equipamentos para que possa atender a demanda.
Com o aumento da área plantada, o maquinário não está conseguindo responder a demanda. Segundo Dias, na região sudoeste de Goiás, alguns agricultores devem plantar mais tarde por falta de equipamentos, o que é um problema para o produtor Clécio Vieira, que aponta que a situação vai acarretar em atraso do ciclo e da safrinha.