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Azaléia fecha as portas de unidade no Rio Grande do Sul

Comunicado da empresa diz que atual momento econômico não permite manter descentralização de operaçõesDepois da Dakota, em Bom Retiro do Sul, foi a vez da Vulcabras/Azaléia anunciar o fechamento de uma unidade. A fábrica de Portão, no Vale do Sinos (RS) cerrou as portas nesta quarta, dia 19.

Em duas reuniões, os funcionários da Azaléia foram informados sobre o fim das operações. A primeira começou às 14h30min, pouco antes do fim do turno da manhã. A segunda teve início logo em seguida, antes que os trabalhadores da tarde iniciassem as atividades. Em nota à imprensa, a direção da Vulcabras/Azaléia informou que a produção será direcionada à sede da empresa, em Parobé (RS).

Conforme o comunicado, o atual momento econômico não permite manter a descentralização das operações. Entre os fatores citados, estão a carga tributária e a grande oferta de produtos asiáticos no mercado.

Os cerca de 250 funcionários da unidade de Portão poderão continuar na empresa se aceitarem atuar em Parobé. A empresa se comprometeu em oferecer transporte para o deslocamento de quase uma hora. Aqueles que não optarem pela transferência serão demitidos.
Não chegou a ser uma surpresa para os funcionários o fechamento da unidade. No mês passado, eles acompanharam a retirada de parte das máquinas e o corte na produção.

Com lágrimas nos olhos, Dilma de Oliveira Pacheco, 39 anos, explicou o sentimento ao ser comunicada da decisão da fabricante.

? Em julho, completei 17 anos de empresa, como não vou chorar? Minha vida está aqui dentro ? lamentou a revisora, ainda indecisa sobre a permanência na companhia.

Hoje os colaboradores retornam à empresa para informarem se aceitam a transferência ou se optam pelo desligamento. Fabiana Fonseca, 31 anos ? 12 deles como funcionária da Azaléia ? deixou a unidade decidida a procurar outro emprego:

? Sou casada e tenho um filho. Vai ficar muito difícil trabalhar em Parobé.

Conforme Valdair Rodrigues, presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria do Vestuário e do Calçado de São Leopoldo e Portão, as demissões em Portão começaram em dezembro de 2007, quando a empresa empregava cerca de 800 pessoas.

? Foram em torno de 600 demissões de lá para cá ? enumera.

Pelo menos duas mil pessoas perderam emprego no setor desde outubro, conforme a Federação dos Trabalhadores nas Indústrias de Calçados e Vestuário no Estado. A entidade engloba 23 sindicatos nos vales do Sinos, Caí, Taquari e outras regiões gaúchas.

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