Indústrias estariam pagando ao arrozeiro valores ainda mais baixos do que a média do mercado. O presidente da Comissão de Agricultura da Assembleia gaúcha, Edson Brum (PMDB), afirma que o preço ao consumidor está 5% mais alto do que em 2009, e o valor para o produtor está mais baixo.
? Alguma coisa está errada, por isso falamos em CPI ? diz Brum.
O tema entrará em pauta nesta quinta, dia 5, na primeira reunião da comissão depois do recesso parlamentar de julho.
Segundo analistas de mercado, o pivô da discussão entre indústrias e arrozeiros tem origem nas modificações impostas por uma instrução normativa do Ministério da Agricultura sobre a classificação do arroz. O percentual de arroz com defeito permitido diminuiu e, na hora da compra do grão em casca por parte da indústria, descontos estão sendo aplicados.
? Há casos de descontos de até 20% na saca por defeitos no grão ? afirma Marco Tavares, assessor de mercado do Instituto Rio Grandense do Arroz.
O presidente do Sindicato da Indústria do Arroz no RS (Sindarroz), Élio Coradini, diz que as indústrias estão se adequando às novas normas, pois estão sujeitas a multa se descumprirem. O Sindarroz também reclama de que a indústria vende o fardo, depois de beneficiado, com prejuízo em torno de R$ 2,00.