A Abertura Nacional da Colheita da Soja acontece nesta quinta-feira (9), em Santarém, no Pará, diretamente da Fazenda Modelo. Além das máquinas em campo, o evento contará com muitas informações e debates, tudo transmitido pela TV, site e redes sociais do Canal Rural a partir das 9h (horário de Brasília).
Entre os temas a serem abordados no evento está a logística. Para falar do assunto, o diretor-executivo do Movimento Pró-Logística, Edeon Vaz, será um dos painelistas. Ele lembra que para o escoamento da safra partindo do principal estado produtor do grão, Mato Grosso, existem três principais corredores: BR 364 com o Rio Madeira, BR 163 com o Rio Tapajós e BR 158 com a Ferrovia Norte-Sul em direção ao Porto de Itaqui.
“Hoje temos a rodovia entre Sinop (MT) e Miritituba (PA) concessionada, o que a melhorou muito. Temos, ainda, a capacidade de escoamento das estações de transbordo de carga e um número adequado de barcaças, além de os portos estarem equipados. Então diria que para esta safra, em relação ao que vai vir em direção ao Arco Norte, não deveremos ter problema”, considera.
Porém, Vaz lembra que o grande gargalo, tanto no Centro-Oeste como na Região Norte, são as rodovias estaduais. “Temos que mudar isso, aumentando o número de linhas férreas, além de explorar melhor as hidrovias e, assim, teremos um crescimento do nosso escoamento, que tem evoluído, mas não o suficiente para redução do custos dos fretes”.
Aposta nas barcaças
A capacidade de transporte das barcaças pelos rios é um ponto que deve ser levado em consideração, de acordo com o diretor-executivo. “Já temos hoje em operação comboio de uma empresa com 70 mil toneladas [de capacidade], são 35 barcaças. Essas 35 barcaças substituem 1.666 caminhões de nove eixos”, afirma.
Segundo Vaz, a evolução do transporte hidroviário, cujo investimento tem sido feito por empresas privadas, é a solução para a problemática logística no escoamento de grãos. “Estamos trabalhando para viabilizar a hidrovia do Rio Tocantins e assim que conseguirmos o derrocamento do Pedral do Lourenço [no Pará], camos ter terminais no Rio Tocantins, no Rio Capim, no Rio Tapajós e também no Rio Madeira com o Amazonas”, conta.