Segundo a Conab, muitos cafezais ficaram mais de cinco meses com volumes de chuvas abaixo da média, o que contribuiu para um maior desfolhamento das plantas. “E plantas com baixos índices de área foliar tendem a ter baixas produções, devido à alta taxa de abortamento de chumbinhos”, informa a Conab.
Em novembro, no entanto, as chuvas estiveram acima da média em praticamente todo o Estado de Minas Gerais, no Espírito Santo, no oeste, centro-sul e sul baianos, o que favoreceu o crescimento de novos ramos e a formação dos frutos. Em contrapartida, na região central de São Paulo, em parte do norte do Paraná e em pontos isolados do sul de Minas, as chuvas ocorreram abaixo da média e algumas lavouras permaneceram com baixos índices de área foliar, o que chegou a prejudicar o pegamento dos chumbinhos.
No momento, observa a Conab, as chuvas estão ocorrendo de forma regular em todas as regiões produtoras do Sudeste, colaborando para o desenvolvimento e crescimento das plantas e para a expansão dos frutos. Em algumas regiões de Minas Gerais, contudo, os fortes temporais ocorridos no fim de novembro e início de dezembro, onde em alguns casos houve até queda de granizo, chegaram a destruir algumas lavouras.
A Conab ressalta que para os próximos três meses a previsão meteorológica indica maior probabilidade de as chuvas ocorrerem em volume acima ou próximas da média histórica nas principais regiões produtoras. No Paraná, porém, o risco de estiagens é maior em virtude dos efeitos do fenômeno La Niña, o que poderá reduzir o porcentual de umidade disponível no solo e favorecer o ataque de pragas.