Wedekin informou que o contrato permitirá a chamada liquidação financeira, sem a necessidade da entrega física do produto. Desta forma, ele acredita na entrada de novos investidores no negócio.
– Vai permitir hedgers entrando no mercado financeiro, fundos e outros investidores também. É um bom momento e a agricultura brasileira precisa de um mercado maior para que possa gerenciar melhor o risco.
Na avaliação de Ivan Wedekin, o que ele chama de financeirização do contrato amplia as oportunidades para os produtores. Wedekin explicou que, se tiver, necessariamente que entregar o produto para as agroindústrias, a clientela é mais limitada. Com a entrada de novos investidores, até mesmo que não atuam na cadeia produtiva, aumenta a liquidez e as possibilidades de fixação de preços.
– É continuar construindo pontes entre o agronegócio e o mercado financeiro e de capitais ? afirmou o diretor de produtos do agronegócio e energia da BM&FBovespa.
Recorde de contratos
A criação de um novo contrato de milho é feita em um momento de grande aquecimento do mercado, na BM&FBovespa no mês passado. Foram registrados 379,5 mil contratos negociados no mercado futuro, alta de mais de 100% em comparação com junho de 2007. O volume financeiro é superior a US$ 6 bilhões.
O líder do ranking das commodities mais negociadas foi o boi gordo, com pouco mais de 212,3 contratos. O café arábica veio em seguida, com 69 mil. O milho fechou o mês passado com pouco mais de 68 mil contratos negociados, seguido pela soja, com 26,4 mil contratos. Commodities com menor liquidez também apareceram, caso do etanol, com 2,9 mil contratos e açúcar, com 213 contratos.