Para isso, no primeiro dia da 2ª Conferência de Inovação Tecnológica Brasil-EUA, os brasileiros fizeram questão de transmitir o bom momento por que passa o país, não apenas na área econômica, mas também em outros setores.
O Judiciário brasileiro foi colocado como uma das garantias essenciais para os investidores. A ministra do Supremo Tribunal Federal, Ellen Gracie, explicou que é preciso dar garantia jurídica para que os contratos sejam respeitados e, além disso, dar rapidez às decisões que dependam da Justiça.
? No mundo dos negócios, tempo é dinheiro ? afirmou.
Mas para que as parcerias deem certo, o presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), Reginaldo Arcuri, prevê que é preciso ir além das garantias atuais. Segundo Arcuri, a Justiça brasileira precisa continuar evoluindo para acompanhar as inovações, assegurando transparência e o cumprimento do direito de propriedade intelectual.
? É preciso ver o direito como uma plataforma de desenvolvimento e não como uma dificuldade na inovação ? argumentou.
Durante um debate, promovido na Escola de Direito da Universidade de Georgetown, os norte-americanos mostraram ter conhecimento do ambiente favorável que o país criou nos últimos anos. O presidente da ABDI acredita que esse tipo de visão sobre o país tem efeitos positivos. Principalmente, na criação de produtos, onde vê um mercado promissor.
? Uma boa parte dos produtos que estarão no nosso cotidiano em dez, 15 anos, sequer foi inventada ainda.
Empresas brasileiras já têm conseguido desenvolver, em conjunto com os norte-americanos, projetos nas áreas de tecnologia de informação e energia. E, com isso, atraído investimentos para o setor. Para o secretário de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Welber Barral, é o momento oportuno para dar mais opções a quem quiser investir no país.
Para Barral, os norte-americanos têm mais experiência e um sistema de financiamento maior ? o que o Brasil precisa desenvolver melhor. Mas ele acredita que os investidores estão começando a perceber o novo espaço para o setor no país.
? É importante notar que o grande crescimento da economia e da indústria este ano (muito maior do que a dos Estados Unidos em termos percentuais) têm atraído o interesse sobre o Brasil ? lembrou Barral.
Uma das áreas que o Brasil quer conquistar no mercado e busca parceiros é a de inovação em biotecnologia. Para isso, o presidente do Instituto Nacional de Propriedade Industrial, Jorge Ávila, afirma que o Conselho Nacional de Desenvolvimento de Biotecnologia tem estudado como aperfeiçoar o ambiente de negócios para atrair empresas e centros de pesquisa interessados em investir em projetos desse tipo.