? Se nada for feito, vamos chegar a 2020 com 2,8 bilhões de toneladas, um crescimento de 30% ? comparou Minc, que aposta da redução do desmatamento, no combate à desertificação, no uso de etanol e de biocombustíveis e no estimulo ao uso de carvão vegetal para reduzir a curva de crescimento de emissões do país e estabilizar as emissões até 2020.
O esforço, no entanto, depende de recursos internacionais. A convenção da ONU sobre mudanças climáticas prevê que países ricos financiem ações de redução nas nações em desenvolvimento, mas o mecanismo para o repasse e os valores ainda não estão definidos. Pelos cálculos de Minc, seriam necessários cerca de US$ 10 bilhões por ano para financiar as ações brasileiras.
? As faixas [de redução] vão depender de fundos internacionais. É preciso ampliar os fundos que os ricos estão se dispondo a oferecer. Atualmente falam em US$100 bilhões [para investimentos em todos os países em desenvolvimento], mas o Brasil defende pelo menos três ou quatro vezes mais ? afirmou.
Além da proposta do Ministério do Meio Ambiente, o ministro da Ciência e Tecnologia, Sergio Rezende, e o secretário-executivo do Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas, Luiz Pinguelli Rosa, também apresentaram propostas para a posição do Brasil em Copenhague.
? Não foram posições divergentes. Agora vamos sintetizar em uma proposta só ? disse Minc.
A ideia é fechar a posição brasileira ainda este mês, provavelmente no dia 20, quando o presidente Lula deve se reunir novamente com os ministros responsáveis pela negociação e com o Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas. Segundo Minc, Lula ainda pretende reunir presidentes de países da região Amazônica para acertar uma posição conjunta sobre a inclusão das florestas no novo acordo climático global.