No primeiro semestre de 2022, o Brasil embarcou 55,1 milhões de toneladas de soja, 8,87% a menos que em 2021 para o mesmo período (60,5 milhões de toneladas), de acordo com a Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec).
O recuo, ainda neste primeiro semestre, se justifica pelo menor embarque para a China (principal destino, com 41,6 milhões de toneladas em 2021 e 36,9 milhões de toneladas em 2022), e Holanda (4º maior destino, com 2,5 milhões de toneladas em 2021 e 1,7 milhões de toneladas em 2022), que embarcaram, respectivamente, 11,2% e 32,2% a menos, ante 2021.
Impacto da quebra de safra
Nesta safra 2021/22, houve uma quebra de safra expressiva, de aproximadamente 20 milhões de toneladas abaixo do esperado. A forte estiagem que atingiu durante meses os estados de Rio grande do Sul, Paraná e Mato Grosso do Sul foi a causadadora das reduções produtivas.
Como afetou a exportação da soja?
As primeiras expectativas eram de uma produção de 144 milhões de toneladas e 92 milhões de toneladas destinadas à exportação, que, como ilustrado no gráfico acima, não aconteceram, expressando a quebra pelo impacto da estiagem.
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De acordo com a Anec, isso demonstra que a soja é um produto típico de exportação, já que grande parte vai para fora, diferente do milho, em que grande parte fica no mercado interno.