? Se, como muitos dizem, os países emergentes são mais parte da solução que do problema, então é necessário que também tomem parte da decisão ? afirmou o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim.
Em declarações à imprensa no Rio de Janeiro, o chanceler disse esperar que o ministro da Fazenda, Guido Mantega, aproveite as reuniões anuais de governadores do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial para conversar sobre a crise com outros países emergentes.
? Acho importante que Mantega defenda lá, ou talvez depois, a necessidade de uma coordenação com outras economias emergentes, como as do chamado Bric (Brasil, Rússia, Índia e China) ? acrescentou Amorim.
Segundo ele, a reunião de países emergentes pode acontecer paralelamente à do FMI, em Washington, ou quando os ministros da Fazenda dos países em desenvolvimento que se opõem aos subsídios dos países ricos se reúnam no Brasil neste mês.
? Também considero importante que tenhamos no Mercosul uma resposta à crise financeira ? afirmou o ministro.
Amorim defendeu uma reforma dos atuais organismos internacionais financeiros, como o FMI e o Banco Mundial, para que possam encarar também os problemas dos países ricos.
? A crise de hoje não é dos países pobres. É dos países ricos, mas pode ter efeitos nos países pobres. Por isso é necessário que o FMI volte a ser grande ? assegurou.