? Nós estamos no negócio do etanol no Brasil e nos Estados Unidos. Ele é uma parte do nosso portfólio, não o núcleo. Vemos o etanol apenas como subproduto do nosso negócio em alimentos ? disse Rial, durante café da manhã com analistas e investidores promovido pela Câmara de Comércio Brasil-EUA, no JP Morgan, em Nova York.
A posição da companhia norte-americana contrasta com a de concorrentes, como a Bunge, que tem demonstrado grande interesse no setor do etanol, com a sucessiva compra de unidades no Brasil, já ocupando a terceira posição no ranking dos maiores grupos do país.
? Há pessoas vendo no etanol muito mais valor do que nós vemos. Somos uma companhia de alimentos e não queremos ser uma companhia de energia ? acrescentou.
Rial também destacou o preço como um ponto desfavorável. Para ele, há hoje uma combinação muito perversa de preço alto do açúcar e moeda forte, que encarecem o etanol.
Mosaic
Rial recusou-se a comentar a notícia de que a Cargill irá abrir mão de sua participação majoritária na empresa de fertilizantes Mosaic, na qual detém 64%, que representa cerca de US$ 24,3 bilhões. A Mosaic é uma das líderes globais em produção de potássio e fosfato.
A empresa também é responsável por boa parte dos bons resultados da Cargill no segundo trimestre fiscal, quando o lucro mais que triplicou, indo para US$ 1,49 bilhão, ante US$ 489 milhões no mesmo período do ano anterior. Nos últimos seis meses, a Cargill investiu US$ 1,5 bilhão em aquisições.