Áreas de cana do Paraná, sul de São Paulo e de Mato Grosso do Sul podem ter a colheita suspensa por causa de chuvas previstas para esta semana.
? [A chuva] irá favorecer as novas áreas de cana plantadas entre os meses de março e maio; mas a estiagem nas demais regiões pode comprometer esses novos canaviais ? informou, em nota.
A Somar informou que não ocorreram geadas em canaviais paulistas, mineiros e paranaenses, mesmo com a queda brusca das temperaturas neste início de semana.
? Portanto, não houve quebra nos potenciais produtivos das lavouras ? explicou Santos. Para ele, temperaturas baixas, em períodos mais secos beneficiam a concentração de açúcar na planta e devem elevar a produtividade e rendimento nas usinas.
? E não há indicativos de formação de geada para os próximos 15 dias em nenhuma região produtora do Brasil ? falou.
Para o diretor do Centro de Cana do Instituto Agronômico (IAC), Marcos Landell, o maior problema das geadas são para os canaviais recém plantados, cujas folhas podem ser queimadas. No entanto, segundo ele, a cultura reinicia o ciclo e volta a crescer.
? O maior problema é o atraso no planejamento para a colheita em regiões atingidas por geadas ? disse Landell, durante o “5º Workshop Agroenergia: Matérias Primas”, em Ribeirão Preto (SP).
Já o agrônomo e consultor Luiz Carlos Corrêa Carvalho, da Canaplan, afirma ter ouvido relatos de geada apenas em regiões sem produção de cana, mas disse acreditar que a ameaça climática ainda não está afastada, diante da previsão de um inverno rigoroso no Centro-Sul.
No entanto, segundo Carvalho, “a qualidade da cana está tão ruim nesta safra que uma geada pouco prejudicará a que ainda não foi colhida”. Carvalho relatou, ainda, o aumento da florada nos canaviais de várias regiões produtoras, o que prejudica ainda mais a qualidade da cultura.
? Com a florada, a cana para seu processo de crescimento e precisa ter colheita rapidamente, já que perde açúcar que tem armazenado ? concluiu.