O aumento da produção se deve ao crescimento de área e às novas usinas em operação em alguns Estados do Centro-Sul, além do bom regime de chuvas no ano passado. Por outro lado, a produtividade média caiu 4,6% sobre a safra anterior, passando a 77,8 toneladas por hectare. O motivo é a estiagem nas áreas produtivas daquela região, de abril a novembro de 2010. Em dezembro, a colheita foi encerrada no Centro-Sul e, até abril deste ano, continuará nas regiões Norte e Nordeste.
Do total de cana a ser esmagada, 53,8% (336,2 milhões de toneladas) são destinados à produção de 27,7 bilhões de litros de etanol. Deste volume, 19,6 bilhões de litros são do tipo hidratado e 8,1 bilhões do anidro. Os 46,2% (288,7 mil toneladas) restantes vão para a produção de açúcar, que chegou a 38,7 milhões de toneladas. Na safra passada, foram produzidas 33 milhões de toneladas. A demanda interna deve chegar a 11,11 milhões de toneladas, distribuída entre consumo direto e produtos industrializados.
Área
No que se refere à área destinada ao plantio da cana, a pesquisa aponta resultado de oito milhões de hectares, 8,4% a mais que a da safra anterior. O Estado de São Paulo ocupa a maior parte, com 4,4 milhões de hectares ou 54,28% do total nacional. Em seguida, aparecem Minas Gerais (695 mil ha), Goiás (599,3 mil ha), Paraná (582,3 mil ha), Alagoas (438,6 mil ha), Mato Grosso do Sul (396,1 mil ha) e Pernambuco (346,8 mil ha).
A pesquisa de campo foi realizada por 42 técnicos, que visitaram 411 usinas entre os dias 29 de novembro e 12 de dezembro, além de contatos com representantes de entidades de classe, associações e cooperativas em todos os Estados produtores.