A colheita da safra 2022/23 de soja chegou na quinta-feira (12) a 0,6% da área cultivada no Brasil, contra 0,04% uma semana antes e 1,2% no mesmo período do ano passado, de acordo com dados da consultoria AgRural.
Os trabalhos seguiram concentrados em Mato Grosso e Rondônia, nos momentos em que o tempo fechado e chuvoso permitiu. Já no Sul do país, onde a colheita ainda não começou, é a irregularidade das precipitações que preocupa os produtores gaúchos.
Lavouras de soja registram perdas
As lavouras de soja da região de atuação da Cotripal, no Rio Grande do Sul, tem perda média de 25% devido à seca. A cooperativa atua em Panambi e em 13 municípios do norte do estado. A área é estimada em 190 mil hectares.
Em entrevista exclusiva à Agência Safras, o engenheiro agrônomo da cotripal, Dênio Oerlecke, disse que os prejuízos são decorrentes da seca e afetaram, principalmente, as lavouras de soja plantadas mais cedo. A cultura se divide entre as fases de desenvolvimento vegetativo (25%), floração (50%) e formação de grãos (25%).
A região acaba de receber chuvas generalizadas, mas alguns lugares ainda ficaram com pouca precipitação. Segundo o engenheiro agrônomo, com a ocorrência, a expectativa é de uma melhora na situação da safra. A meteorologia indica novas chuvas nos próximos dias e na semana que vem.
A expectativa inicial era de um rendimento de 60 sacas de soja por hectare. Atualmente, se esperam 45 sacas por hectare. A colheita deve começar por volta do dia 20 de março.