Conforme Lima, a ideia é de fortalecimento nacional. A mais recente iniciativa do grupo ocorreu há um ano, recordou o empresário, com a aquisição do Café Letícia, líder de mercado no norte de Minas Gerais. Ele explicou que o segmento de industrialização de café no Brasil apresenta “muitas oportunidades”. De acordo com o empresário, 50% do consumo de café no país está nas mãos de 10 empresas. A outra metade é distribuída por cerca de 200 torrefadoras.
? O mercado ainda é muito pulverizado ? declarou.
Pedro Lima comentou que, há dois anos, a companhia vinha realizando estudos de arquitetura de marca, em parceria com a consultoria Thymus Branding. Um dos principais problemas com a marca Santa Clara, líder no setor de café do Norte e Nordeste, era que o registro em alguns Estados era complicado por causa de empresas com o mesmo nome, “às vezes até mais antigas”.
Nesse contexto, 3 Corações mostrou-se de maior potencial e de melhor custo-benefício como marca nacional forte.
? Juntamos tudo em um só guarda-chuva, para fortalecer a marca. Além disso, promovemos uma modernização em termos de entidade corporativa, mantendo os mesmos princípios ? afirmou.
O empresário disse ainda que o grupo se mantém firme no mercado de exportação de café em grão verde. Segundo ele, o mercado de café está equilibrado, sem demanda extraordinária. A 3 Corações exporta para cerca de 30 países e este ano o volume previsto é de 900 mil sacas de 60 quilos, volume semelhante ao do ano passado.
O grupo 3 Corações é líder no Norte e no Nordeste do país com a marca Santa Clara. É também líder em Minas Gerais com a marca 3 Corações. No Rio de Janeiro e em São Paulo ocupa a segunda posição com os cafés Pimpinela e Três Corações, respectivamente. No ano passado, o faturamento do grupo foi R$ 1,45 bilhão.