A soja foi outra cultura que teve o processo de colheita acelerado nos últimos dias, como consequência das condições meteorologias favoráveis. O percentual de área colhida chega a 30%, marcando uma diferença de dezoito pontos em relação à semana passada, tendo ainda 35% das lavouras prontas para serem colhidas. O grão obtido apresenta sérios problemas quanto à qualidade, causando dificuldades aos produtores na hora da comercialização.
Se, por um lado, os produtores sofrem com a qualidade do grão obtido nesta safra, por outro, os preços têm compensado, em parte, os prejuízos causados pela seca. No último mês, a saca de 60 quilos da oleaginosa teve uma valorização expressiva, chegando nesta semana a R$ 49,27 para o produtor.
A colheita do milho também segue bastante adiantada no Rio Grande do Sul, chegando a 60% do total cultivado no Estado. Se comparado a anos anteriores, é grande do percentual de lavouras em fase de maturação completa, o que possibilita a retirada do produto das lavouras nos próximos dias, se o tempo permitir. Apesar da diminuição na oferta de milho no mercado local, fruto das perdas causadas pela estiagem ocorrida durante o ciclo desta safra, o preço não tem se elevado, mantendo-se praticamente estável nos últimos trinta dias. Nesta semana, a saca de 60 quilos ficou cotada, em média, a R$ 26,17.
Em final de plantio, o feijão segunda safra encontra-se em maior evolução nas fases de desenvolvimento vegetativo, floração e formação de vagens, com algumas áreas ainda prejudicadas pela escassez de água. Os produtores seguem realizando os tratos culturais – aplicação de herbicida e inseticida -, visando salvaguardar a produtividade.
Na região da Campanha, teve início a colheita da azeitona, com destaque para o município de Caçapava do Sul, que cultiva cem hectares, principalmente da variedade Arbequina. A oleaginosa produzida na Campanha é destinada para a produção de azeite.
As precipitações que ocorreram nos últimos períodos vêm melhorando as condições de suporte dos campos naturais e das pastagens de verão que ainda se mantêm em disponibilidade. Os produtores intensificam o preparo do solo para a semeadura de pastagens de inverno. O plantio, no entanto, está sendo prejudicado, em algumas áreas, devido à falta de umidade no solo. Apesar da maior disponibilidade de pastagens, muitos produtores de leite ainda necessitam utilizar alimentos concentrados para suplementar a dieta dos animais.