Acompanhe abaixo os fatos que deverão merecer a atenção do mercado de soja na semana que vem.
As dicas são do analista da Safras Consultoria, Luiz Fernando Gutierrez Roque.
– Os players do mercado da soja permanecem com as atenções centralizadas no clima para o desenvolvimento final das lavouras da nova safra norte-americana. Paralelamente, os movimentos da demanda chinesa no mercado internacional também chamam a atenção. No lado financeiro, a situação econômica global, com dados de importantes economias, traz uma volatilidade adicional sobre os mercados de renda variável;
– Esta última semana foi de registro de um clima pouco úmido e com temperaturas elevadas em boa parte do cinturão produtor norte-americano. Embora a maior parte das lavouras já estejam na reta final do desenvolvimento, ainda são necessárias chuvas em alguns estados para que as plantas não percam potencial. Em seu último relatório semanal, o USDA trouxe uma manutenção nas condições das lavouras, mas é possível que no próximo haja uma piora nas condições em alguns estados, principalmente na metade oeste do cinturão. Atenção ao relatório da próxima segunda;
– De qualquer forma, neste momento o mercado entende que apesar dos problemas, a safra dos EUA se desenvolve de forma satisfatória, e a colheita deve se confirmar recorde. Os números da Pro Farmer endossaram o sentimento do USDA. Mesmo assim, o clima ainda é fator importante, até mesmo porque a colheita irá começar na segunda quinzena de setembro, e o clima precisa ser favorável para o avanço das máquinas;
– Novas vendas de soja dos EUA para a China e para outros destinos continuam a ser anunciadas, o que é um importante fator de suporte para os contratos futuros em Chicago. À medida que nos aproximamos do início da colheita, o ritmo de anúncios deve;
– O mercado financeiro voltou a pesar sobre as bolsas de renda variável nesta última semana, acentuando algumas correções em Chicago. Esperamos pela continuidade da volatilidade vinda deste lado, mas é difícil prever os movimentos. Atenção às notícias;
– Chicago teve uma semana negativa, mas conseguiu segurar o importante patamar de US$ 14,00 por bushel na posição novembro/22. Se as condições das lavouras piorarem na segunda, é possível vermos um fôlego de curto prazo. Esperamos lateralidade entre as linhas de US$ 14,00 e US$ 14,75 por bushel.