O significativo aumento da demanda mundial por óleo de soja levou os preços do derivado a patamares recordes no Brasil e nos Estados Unidos.
Segundo pesquisadores do Cepea, a redução das exportações de óleo de girassol da Ucrânia (devido ao conflito com a Rússia) e a escassez de óleo de palma na Indonésia aqueceram a procura global por óleo de soja.
Além disso, a valorização do petróleo também eleva o interesse por biodiesel, que tem o óleo de soja como a principal matéria-prima.
Do lado da oferta, há incertezas quanto à disponibilidade do derivado na Argentina (principal exportadora mundial de derivados de soja), devido à menor colheita do grão nesta temporada.
Com isso, importadores redirecionaram as aquisições ao Brasil e aos Estados Unidos.
Na Bolsa de Chicago, o contrato de primeiro vencimento do óleo foi a US$ 0,7954/lp (US$ 1.753,54/tonelada) na quarta-feira, 2, o maior valor da história.
Os prêmios de óleo de soja também subiram no Brasil, dando sustentação às cotações domésticas.
Na cidade de São Paulo, o preço do derivado (com 12% de ICMS) subiu 5,1% entre 24 de fevereiro e 3 de março, para R$ 9.124,17/tonelada na quinta-feira, 3 – o maior valor da série do Cepea, iniciada em jul/98.