Financiado pelo ministério da Agricultura da Alemanha, o estande foi uma aposta do país europeu para estimular a entrada no mercado brasileiro. As taxas de importação e a ausência de incentivos do governo brasileiro a máquinas fabricadas fora do território nacional como financiamento do Mais Alimentos e do Programa de Sustentação do Investimento (PSI), dificultam o ingresso de modelos alemães no país.
? No ano passado, exportamos apenas US$ 14 milhões em máquinas agrícolas para o Brasil. Isso é praticamente nada diante do nosso volume mundial ? afirma Gerd Wiesendorfer, da Associação de Máquinas Agrícolas da Alemanha.
Hoje, o mercado alemão de maquinários agrícolas supre de 10% a 12% da demanda mundial. Além de demonstrar aos brasileiros o potencial do país no setor, as empresas estrangeiras procuram parceiros locais para fabricar os produtos em território nacional. Conforme o gerente adjunto de Relações Internacionais da Câmara Brasil Alemanha, Dietmar Sukop, essa seria a forma mais viável para os fabricantes entrarem no país com condições de competitividade.
? A concorrência no mercado brasileiro é muito acirrada. Por isso a ideia inicial é buscar uma parceria local que permita a aplicação da tecnologia alemã em uma unidade de produção já instalada ? detalhou Sukop.
Como diferencial da tecnologia desenvolvida na Alemanha, as empresas apresentam modelos que combinam praticidade e eficiência. Entre as marcas expositoras há produtos não encontrados no Brasil, como uma colheitadeira específica para batatas ? um dos principais vegetais da culinária alemã.