A secretária lembrou que o Brasil, um dos países que mais desmatam, já anunciou a meta de reduzir em 80% o desmatamento na Amazônia até o ano 2020. Para ela, a COP-15 será um ponto de partida para que outros países se envolvam na luta pela redução das mudanças no clima.
Na conferência de Copenhague, os 192 países membros da Organização das Nações Unidas (ONU) buscarão um novo acordo mundial para reduzir as emissões de gases causadores de efeito estufa, principais responsáveis pelas alterações do clima global, entre as quais o superaquecimento o planeta. O novo acordo vai substituir o Protocolo de Quioto, que expira em 2012.
Professor do curso de Relações Internacionais da Universidade de Brasília (UnB) e considerado um dos maiores especialistas em meio ambiente no Brasil, Eduardo Viola citou, na palestra, as várias causas dos impactos climáticos, como as altas quantidades de carbono emitidas por muitos países, o desmatamento e as queimadas, entre outros. Ele destacou, no entanto, que o Brasil está mudando gradualmente de postura em benefício do meio ambiente.
? Uma vantagem do Brasil é o uso do etanol que polui menos que a gasolina ? disse ele.
De acordo com Viola, outro fator importante é a iniciativa do governo de conscientizar a população sobre o assunto.
? A redução do IPI [Imposto sobre Produtos Industrializados] para produtos com menor emissão de gases é um bom exemplo ? afirmou o professor.
Tanto Tine Lundi quanto Eduardo Viola destacaram que o tema mudanças climáticas é relevante e precisa ser tratado por todas as editorias de jornais e outros veículos de comunicação. Além do meio ambiente, as alterações do clima envolvem áreas como economia, segurança e política, ressaltaram os especialistas.
Tine Lundi disse, inclusive, que na Dinamarca todas as editorias falam sobre o tema.
? Há cinco anos a imprensa abriu os olhos para a importância da abordagem do clima. Vejo o Brasil hoje, como a Dinamarca há cinco anos ? afirmou.