O estudo avaliou as principais rotas de escoamento da produção de milho para o mercado interno e para a exportação e considerou a realização de testes de fita e PCR (usados para identificar a presença de eventos GM) ao longo da rota. Para o estudo, seis eventos foram testados ? vale lembrar que o Brasil tem hoje 11 eventos aprovados pela Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio). Neste cenário, o sistema de identificação da presença de eventos GM ? descriminando os eventos nas cargas ? gera um impacto negativo de 12,5% sobre as exportações de milho.
? A implantação de sistemas complexos e baseados em testes caros para identificação de OVM que já tenha sido avaliado nas questões de biossegurança e aprovado para plantio e consumo pela CTNBio, vai de encontro ao esforço feito pelo Brasil para reduzir custos de transporte e armazenamento de cargas, que é um dos fatores de perda de competitividade do agronegócio ? avalia José Maria.
O pesquisador destaca ainda que os EUA e a Argentina, principais competidores do Brasil nesse mercado, levam vantagem. No caso dos EUA, pelo uso de vários modais e de estrutura de segregação mais adaptada. Já a Argentina usa caminhões para distâncias mais adequadas, menores de 500 quilômetros. No Brasil, os longos trajetos feitos, por vezes, unicamente por transporte rodoviário, em estradas com manutenção precária, configuram um forte desafio.
? Avaliar esses valores e descobrir quais seriam as possíveis alternativas com custos menos onerosos para o Brasil são tarefas que podem melhorar a posição do país no ranking das exportações de commodities e também do agronegócio.