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Soja Brasil

Expansão responsável da soja na Amazônia foi tema de palestras

Logística, mercado e políticas públicas foram discutidas. Governador do Pará ressaltou a importância da sustentabilidade no agro

Celebrar os resultados de uma safra cheia e unir a cadeia da soja em torno de assuntos fundamentais ao setor. Esse foi o objetivo da Abertura Nacional da Colheita da Soja, realizada nesta quinta-feira (9), em Santarém, no Pará. O estado espera colher cerca de três milhões de toneladas de soja neste ciclo 2022/23 em uma área que se aproxima de um milhão de hectares.

O evento, uma iniciativa do Projeto Soja Brasil, criado pelo Canal Rural e pela Aprosoja Brasil, tratou de Políticas Públicas, Mercado e Logística. No entanto, a sustentabilidade se fez presente em grande parte das falas. O governador do estado, Helder Barbalho, presente na ocasião, destacou que o agronegócio e o meio ambiente precisam andar juntos.

“Não podemos admitir a lógica de que para ter floresta, não pode ter produção e de que para ter produção, não pode ter floresta. De que para cuidar das pessoas, não é possível preservar o meio ambiente, de que para gerar emprego, não é possível dar oportunidade para que gente e floresta estejam convivendo”.

Expansão da produção de soja

Abertura Nacional Colheita Soja - Painel Logística
José Roberto Ramos, Edeon Vaz, Giovani Ferreira e Marusa Trevisan. Foto: Canal Rural

O diretor de Conteúdo do Canal Rural, Giovani Ferreira, lembrou que em dez anos, a produção de soja no Pará saltou de 600 mil toneladas para três milhões. “Fizemos isso com regularização ambiental, ou seja, tudo dentro da lei. Isso é soja responsável, com sustentabilidade”, afirma.

Já o consultor de Mercado da Pátria Agronegócios, Matheus Pereira, reforçou a importância da soja para a produção de proteína animal. “Cerca de 50% de toda a soja embarcada do Brasil em direção à China é para ração de suínos e outros 25% para aves, ou seja, 75% da nossa soja produzida em todo o Brasil é colocada em linha de embarque para alimentar animais”.

No segundo painel, maneiras de melhorar a logística brasileira foi enfatizada. O diretor-executivo do Movimento Pró-Logística, Edeon Vaz, calculou que as produções do Pará e de Mato Grosso projetada para 2032 farão com que seja necessário escoar por Miritituba, Santarém e Vila do Conde 36 milhões de toneladas de grãos.

O potencial do Pará para a produção de fertilizantes foi outro tema abordado na Abertura Nacional da Colheita da Soja pelo especialista em planejamento urbano, José Roberto Ramos. “Existe uma reserva de fosfato de fósforo de 200 milhões de toneladas [no estado]. A oeste, próxima a Manaus, nós temos uma reserva de 300 milhões de potássio, itens essenciais aos fertilizantes”, declarou.

Para acompanhar o evento na íntegra, assista:

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