Segundo estudo da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), feito com base nos dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, as exportações do setor tiveram queda de 5,95% nos seis primeiros meses do ano, contra redução de 22,83% da média nacional das vendas externas.
O levantamento indica que as cooperativas exportaram US$ 1,75 bilhão de janeiro a junho deste ano, menos que a quantia registrada no mesmo período de 2008: US$ 1,86 bilhão. Apesar da queda em valor, as quantidades comercializadas somaram 3,77 milhões de toneladas, crescimento de 8,32% na comparação com o primeiro semestre do ano passado.
A soja manteve a liderança entre os produtos exportados pelas cooperativas. Responsável por 37,9% das exportações do setor, o complexo soja, que inclui grão, óleo e farelo, registrou alta de 2,09%. O maior crescimento, no entanto, ocorreu nos produtos sucroalcooleiros, cujo valor das vendas externas subiu 13,55%. O segmento foi beneficiado pela alta de 112% nas exportações de açúcar, que compensou a queda de 62% nas vendas de álcool.
Entre os principais destinos dos produtos das cooperativas, a China manteve-se como o maior comprador. As vendas para o país asiático, no entanto, caíram 6,25% no primeiro semestre de 2009, somando US$ 214 milhões, contra US$ 228 milhões registrados de janeiro a junho de 2008.
Segundo maior mercado para as cooperativas brasileiras, a Alemanha comprou US$ 170 milhões, queda de 17,64%. O Oriente Médio compensou a queda para os destinos tradicionais. As exportações para a Arábia Saudita tiveram elevação de 139,48% e encerraram os seis primeiros meses do ano em US$ 131 milhões. As vendas para os Emirados Árabes Unidos cresceram em ritmo ainda maior, 672%, atingindo US$ 97,08 milhões.
De acordo com o estudo, as exportações das cooperativas brasileiras podem encerrar o ano no mesmo nível de 2008, em US$ 4 bilhões. Além do crescimento das vendas de açúcar e da estabilidade das exportações de soja, a OCB prevê a recuperação do setor de carnes no segundo semestre.