O farelo e, principalmente, o óleo de soja produzidos no Brasil estão ganhando mais espaço no mercado internacional. Fato que foi destacado nesta terça-feira (13) pelo diretor de conteúdo do Canal Rural, Giovani Ferreira, durante o boletim ‘AgroExport’.
Farelo de soja
No segmento farelo de soja, Ferreira demonstrou, a partir de dados da Secretaria de Comércio Exterior do Ministério da Economia, que a receita cambial em 2022 (de 1º de janeiro a 10 de setembro) já é igual a de todo o ano passado: US$ 7,3 bilhões.
O valor demonstra valorização do farelo de soja no mercado internacional. Isso porque, no consolidado de 2021, a receita de US$ 7,3 bilhões foi feita diante de 17,2 milhões de toneladas embarcadas para o exterior. Na parcial deste ano, o mesmo montante financeiro foi alcançado com 14,6 milhões de toneladas exportadas.
“[Podemos] estabelecer um novo recorde” — Giovani Ferreira, sobre a exportação de farelo de soja
“Estamos num ritmo muito parecido com o do ano passado. A gente deve, sim, bater nas 17 milhões de toneladas [enviadas ao exterior], podendo estabelecer um novo recorde”, comentou o apresentador do boletim ‘AgroExport’ ao participar do telejornal ‘Mercado & Companhia’. “Mais nada além de 17,6 milhões de toneladas”, estima.
Óleo de soja
No caso da exportação do óleo de soja, recordes já foram registrados em 2022 — tanto em receita cambial quanto em volume embarcado. Até 10 de setembro, o Brasil já havia enviado para o exterior 1,9 milhão de toneladas do produto, superando assim a marca de 1,65 mi t registrada em todo o ano passado.
Em receita, o recorde da exportação do óleo de soja é ainda maior no comparativo com o período anterior. Isso porque, de janeiro a 10 de setembro, já foram movimentados US$ 2,9 bilhões. Em 2021, a receita cambial foi de US$ 2 bilhões
“Um recorde absoluto, ainda no começo de setembro” — Giovani Ferreira, sobre a exportação de farelo de soja
“Já batemos um recorde absoluto, ainda no começo de setembro”, enfatizou Ferreira. Para esse destaque, ele lembrou que diante da guerra entre Ucrânia e Rússia, a Europa se vê em meio ao risco de falta de abastecimento do gás — então fornecido por Moscou. Por isso, conforme apontou Ferreira, o aumento na compra de óleo de soja, que pode ser transformado em bioenergia.
Soja em grão
Em relação à soja em grão, Giovani Ferreira pontuou que há desaceleração no ritmo de exportações. Assim, não deve bater as 86,1 milhões de toneladas alcançadas em 2021. A expectativa, de acordo com ele, é chegar próximo ao patamar de 2020, fechando o atual ano com 82 milhões de toneladas enviadas para o exterior.
Na parcial de 2022, que apresenta dados até 10 de setembro, o volume exportado da soja em grão é de 68,4 milhões de toneladas. Em termos de receita cambial, contudo, o ano também representa recorde para o produto primário. Afinal, a receita de US$ 40 bilhões já supera o resultado anterior: US$ 38,6 bilhões em 2021.
“Commodity valorizada no mercado internacional” — Giovani Ferreira, sobre a exportação da soja em grão
O apresentador do ‘AgroExport’ explicou as razões por trás do aumento da receita cambial mesmo diante de um volume menor exportado de soja em grão pelo Brasil. “Efeito da apreciação do dólar frente ao real e da commodity valorizada no mercado internacional”, comentou.
Boletim ‘AgroExport’
Apresentado por Giovani Ferreira, o boletim ‘AgroExport’ conta com edições semanais. O quadro é exibido às terças-feiras, dentro do telejornal ‘Mercado & Companhia’.
Últimas edições
Confira, abaixo, algumas das últimas edições do boletim ‘AgroExport’:
+ Brasil começa a normalizar a entrega de fertilizantes
+ Exportação brasileira de carne bovina e de frango pode bater novo recorde histórico
+ Exportação brasileira de milho dispara em julho