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Soja Brasil

Fazenda paulista troca laranja por soja e comemora produtividade

Apesar de resultados positivos, propriedade ainda não comercializou sacas de forma antecipada, aguardando melhoras no mercado futuro

São Paulo deve colher mais de 4,620 milhões de toneladas de soja nesta safra 22/23, de acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

A expedição da 11ª temporada do Projeto Soja Brasil passou por Araraquara, no interior do estado, para mostrar uma propriedade que aproveitou o clima para antecipar a semeadura em plantio direto.

Por lá, o clima tem ajudado neste início de ciclo. “A expectativa esta safra, com o final do La Niña, é que se tenha um regime de chuva melhor e isso, provavelmente, vai garantir uma produtividade semelhante a do ano passado, que a gente espera que fique entre 62 e 65 sacas por hectare em áreas de rotação com cana, podendo chegar até um pouco mais, dependendo da fertilidade do solo”, conta o técnico agrícola Gilberto Vieira Pimentel Filho.

A produtora rural e diretora da Aprosoja-SP, Anna Paula Nunes, diz que apesar de os custos de produção terem atrapalhado o planejamento, não precisou reduzir o aporte de insumos em sua lavoura. “Foi relativamente tranquilo, os fertilizantes não faltaram, a única coisa [que prejudicou] foram os preços, as sementes também subiram, tudo aumentou um pouco. Mas o importante é que não faltou sementes ou adubo e nem nada para o plantio agora”.

Soja no lugar da laranja

laranja soja
Foto: Embrapa – Montagem: Canal Rural

Anna Paula é a quarta geração de produtores na fazenda Jangada Brava. Antigamente, o local era ocupado por cana-de-açúcar e laranja. “[…] chegamos a ter praticamente 90 mil pés de laranja”, lembra o diretor da propriedade, Viriato Fernandes Nunes Júnior.

Há 15 anos, o pomar foi afetado pelo greening e a família desistiu do cultivo de citrus e começou a investir em grãos. “Nosso foco é chegar a um montante maior da fazenda voltado ao plantio direto, que é onde temos uma segurança maior, fazendo a deposição de palhada e microorganismos e com isso a gente consegue reter mais água no solo e ter por mais tempo disponível para a planta”, explica o gerente da fazenda, Thiago Augusto Povaga.

Plantio direto x convencional

Foto: Pedro Luiz de Freitas/ Embrapa

A propriedade também possui área de 200 hectares dedicados à semeadura convencional de soja. “Nesse plantio, a janela é mais curta, então dependo muito mais do clima para esse plantio dar certo. Então, é muito mais arriscado porque a umidade acaba sumindo do solo mais cedo”.

A expectativa é colher entre 50 e 60 sacas por hectare nesta área sem plantio direto. Já com o sistema de cobertura de palhada, a estimativa é que possa chegar a 80 sacas. “Sou fã número 1 do plantio direto. Acho que ele é o duturo e conseguimos produzir muito mais em uma mesma área, aumentar a produtividade, trabalhando o solo e com sustentabilidade, sem degradação”, considera Anna Paula.

Geralmente, 30% da soja produzida na fazenda Jangada Brava é comercializada com antecedência. No entanto, diante da instabilidade dos preços, o processo tem sido diferente nesta safra. “Estamos segurando um pouco. Neste ano não fechamos nada ainda, nem para custeio de produção. Estamos plantando sem ter uma margem de segurança vendida […]. Estamos esperando uma melhora no mercado futuro”, conta Povaga.

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