O primeiro caso de ferrugem asiática da soja em Chapadão do Sul, no nordeste de Mato Grosso do Sul, foi identificado nesta segunda-feira (31). De acordo com o pesquisador da Fundação Chapadão, Lucas Fantin, folhas com sintomas foram coletadas em lavoura comercial no município.
Segundo ele, o fato foi informado ao Consórcio Antiferrugem que incluiu o caso nas estatísticas e no mapa de dispersão da doença no Brasil. Conforme dados da plataforma, já foram detectados casos da doença nesta safra 21/22 no Rio Grande do Sul, Paraná, São Paulo, Minas Gerais, Bahia, Goiás, Mato Grosso, Tocantins, Piauí e Roraima.
O consórcio conta com, aproximadamente, 100 laboratórios cadastrados em todo o Brasil, conglomerando cerca de 60 pesquisadores de instituições públicas e privadas, distribuídos em todas as regiões brasileiras, com o intuito de monitorar o problema e gerar informação atualizada sobre a doença.
A ferrugem asiática é considerada a doença mais severa da cultura, podendo causar perdas de até 90% de produtividade se não controlada. A doença foi identificada pela primeira vez no Brasil em 2001 e, e a partir de então, é monitorada e pesquisada por centros públicos e privados.
Entre as estratégias de manejo da doença, a Embrapa recomenda a ausência da semeadura de soja e a eliminação de plantas voluntárias na entressafra por meio do vazio sanitário para redução do inóculo do fungo, a utilização de cultivares de ciclo precoce e semeaduras no início da época recomendada como estratégia de escape da doença e a utilização de fungicidas.